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Governo

Nos estatuto da Caixa exigirá mínimo de 1/3 dos cargos de direção ocupado por mulheres

7 de maio de 2025
Nos estatuto da Caixa exigirá mínimo de 1/3 dos cargos de direção ocupado por mulheres
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O novo Estatuto Social da Caixa Econômica Federal prevê que ao menos um terço dos cargos da Diretoria Executiva do banco público seja ocupado por mulheres até 2026. A obrigatoriedade é uma das principais novidades do estatuto, cuja atualização foi apresentado nesta terça-feira (6/5) pela instituição.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, por meio da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest/MGI) foi participou da elaboração do documento. E acompanhou sua apresentação, junto com o lançamento do novo Plano de Enfrentamento ao Assédio Sexual da Caixa.

A medida não é apenas simbólica. Para a secretária da Sest, Elisa Leonel, que representou a ministra Esther Dweck no evento, essas alterações expressam um novo posicionamento das empresas estatais frente aos desafios sociais que devem cumprir, ao compreender que equidade e governança caminham juntas.

“A Caixa está servindo de exemplo, sendo a primeira estatal a trazer para o estatuto a previsão de um terço da participação das mulheres na Diretoria Executiva”, afirmou. Ela destacou ainda que o novo estatuto consolida o papel da empresa como agente de políticas públicas, ao estabelecer que uma parte dos lucros seja destinada a projetos de impacto socioambiental.

O presidente da Caixa, Carlos Vieira, defendeu o protagonismo da empresa. Para ele, as mudanças estatutárias representam uma ruptura com a lógica burocrática e uma aposta em valores. “Essas mudanças […] trazem a oportunidade de nós, na condição de empresa pública, sermos pioneiros numa ação efetiva de mudança da compreensão do papel executivo que é destinado ao gênero feminino na Caixa”, disse. Ele lembrou ainda que o plano contra o assédio deve transformar a cultura institucional. “A força da governança da Caixa não terá nenhuma serventia se a gente não vivenciar uma organização que respeita o seu próximo”, disse.

Essa transformação passa por encarar os dados de frente. A vice-presidente de Riscos da Caixa, Henriette Bernabé, trouxe números que demonstram como é necessário enfrentar o problema: “Mais de 50% dos casos de assédio sexual ocorridos na Caixa têm como vítimas prestadoras de serviço, estagiárias ou adolescentes aprendizes. E 100% dos assediadores nos casos que chegaram ao nosso canal de denúncias são homens.”

A fala emocionada de Henriette reforçou a urgência da pauta. “Essa estatística me emociona, gente.” E completou: “O que vai fazer a diferença na empresa são as ações do dia a dia de cada um de nós.”

A secretária Elisa Leonel aproveitou o momento para lembrar que o enfrentamento ao assédio exige compromisso institucional contínuo e letramento das lideranças. “O topo da organização precisa não só se engajar […] mas também se abrir para o letramento, porque muitas vezes o nosso desafio não está já no assédio, e sim na gente se abrir para conhecer sobre o tema”, disse.

Ela citou o decreto que prevê a reserva de vagas em contratos terceirizados para mulheres vítimas de violência como uma das frentes estruturantes dessa política pública.

Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional e presidente do Conselho de Administração da Caixa, também destacou a importância de criar condições para que as mulheres avancem. “As mulheres da Caixa vão ser o que elas quiserem ser, do jeito que elas quiserem ser”, disse.

Para Ceron, é preciso construir ambientes seguros e respeitosos. Ele citou o programa de formação de lideranças femininas apoiado pela Caixa, com etapas no Brasil e em Harvard, como exemplo de ação concreta para promover a autonomia. “Para que essas mulheres nunca mais tenham qualquer dúvida de ostentarem e com tranquilidade saberem que elas têm tanto ou mais condições de ocupar qualquer vaga.”, afirmou.

A empresária Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, também esteve no evento e reforçou a importância de transformar compromissos em regras claras. “Uma coisa é ter um plano para a igualdade. Outra coisa é estar no estatuto”, afirmou. Ela defendeu metas ousadas e a mobilização dos homens nessa pauta. “Se você quer 30%, você tem que buscar 50% para conseguir os 30%.”

Lurdinha Lopes, do Movimento Nacional de Luta por Moradia, representou a sociedade civil organizada no evento. Ela lembrou por que é tão importante ter mulheres nos espaços de decisão. “A gente se sente mais à vontade para saber que as mulheres têm esse lugar respeitado dentro da Caixa […] com muito maior capacidade de compreender o porquê que as mulheres chefes de família servem fileira na frente das lutas pelo direito à cidade.”

“Não haverá justiça social, inclusão ou desenvolvimento econômico sem um Estado forte.” Foi com essa afirmação que Elisa Leonel ao resumir a importância do evento para a Caixa Econômica.

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