“Essa queda reafirma que as políticas públicas estão no caminho certo para garantir mais segurança à população. Também obtivemos reduções importantes nos crimes patrimoniais, além da diminuição da violência letal por intervenção de agentes do Estado”, destacou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
Desde 2020, há uma trajetória de queda contínua nos registros de homicídios dolosos, depois de o país atingir o maior número da série naquele ano, com 42.034 homicídios. Já em 2024, o recuo foi o mais significativo do período, de 6,3% (menos 2.389), totalizando uma queda acumulada de 16% em relação a 2020 (menos 6.669 homicídios).
No lançamento do levantamento, o ministro pontuou que o Governo Federal repassou, por meio do Fundo Nacional de Segurança Pública, mais de R$ 2,4 bilhões, entre 2023 e 2024, para investimentos na melhoria da capacidade operacional de estados e municípios. “Seguiremos avançando para construirmos juntos um Brasil mais seguro, mais justo e mais solidário e um Brasil onde a criminalidade não tenha mais vez”, frisou.
REGIÕES — A Região Norte apresentou a maior redução percentual, com queda de 16,44%, totalizando 4.249 homicídios dolosos em 2024. No Sudeste, foram 9.274 vítimas, o que representa uma queda de 4,17%. O Centro-Oeste registrou uma diminuição de 7,61%, com 2.369 casos, enquanto a Região Sul teve uma redução de 12,43%, contabilizando 3.451 homicídios dolosos. Já a Região Nordeste apresentou redução de 2,81% em relação ao ano anterior.
OUTRAS REDUÇÕES — Outro destaque do Mapa da Segurança Pública de 2025 é a queda de 1,65% nos registros de latrocínio (roubo seguido de morte), que somaram 956 casos no ano passado. Também diminuíram as mortes por intervenção policial: 6.134, contra 6.391 no período anterior. A queda é de 4%.
Apesar de o número de pessoas desaparecidas ter aumentado 3%, chegando a 80.333 em 2024, o número de pessoas localizadas também teve crescimento, de 6,4%, totalizando 54.665 localizados.
PATRIMÔNIO — Os crimes contra o patrimônio também apresentaram quedas. O roubo a instituições financeiras diminuiu 22,56%. O roubo de carga recuou 13,6%. O roubo de veículos caiu 6%, enquanto o furto de veículos teve redução de 2,64%.
COMBATE AO TRÁFICO — O levantamento ainda apresentou resultados das políticas aplicadas no combate ao tráfico de drogas. As apreensões de maconha saltaram 9,93%, totalizando 1,4 mil toneladas. Isso equivale a 3,8 toneladas confiscadas diariamente. Esse volume é o maior dos últimos dois anos.
FEMINICÍDIO — O número de feminicídios permaneceu relativamente estável em 2024, registrando um leve aumento de 0,69% em relação ao ano anterior. Foram contabilizadas 1.459 vítimas, contra 1.449 em 2023. Isso indica que o aumento populacional feminino tem sido proporcional à variação no número absoluto de vítimas.
PONTOS DE ATENÇÃO — Por outro lado, houve aumento de 7,47% nas tentativas de homicídio, totalizando 40.874 casos em 2023. Os casos de estupro no Brasil somaram 83.114 registros, alta de 1,1% em relação ao ano anterior. Essas estatísticas oficiais de criminalidade exercem um papel essencial na compreensão do panorama da segurança pública no Brasil. Esse processo é indispensável para a construção de políticas públicas eficazes e fundamentadas em evidências.
DADOS INTEGRADOS — Durante a cerimônia de lançamento do Mapa da Segurança Pública de 2025, Lewandowski também celebrou o compartilhamento das bases de dados e de informações entre a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Secretaria Nacional de Segurança Pública. “A partir de agora, os sistemas das duas corporações estão interligados ao nosso Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, que é o Sinesp. É um instrumento de trabalho que já funciona muito bem e agora funcionará melhor ainda”, declarou.