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Governo

Ação coordenada pela Casa de Governo sufoca logística do garimpo ilegal em Roraima

25 de junho de 2025
Ação coordenada pela Casa de Governo sufoca logística do garimpo ilegal em Roraima
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O silêncio da floresta foi interrompido às 20h43 do dia 9 de junho, quando uma explosão, executada pelo Comando Conjunto Catrimani II, destruiu a pista clandestina no garimpo do Mucuim. O impacto marcou o início da Operação Asfixia, uma ofensiva que atravessa rios, estradas vicinais e ocupa a Terra Indígena Yanomami (TIY). Sob coordenação da Casa de Governo, a operação mobiliza forças armadas, agências de fiscalização e instituições ambientais em uma ação para sufocar a estrutura que alimenta o garimpo ilegal na Amazônia.

Ao longo das semanas seguintes, as tropas avançaram em direção ao interior da floresta. Fechando o cerco por todos os lados, desmobilizaram a infraestrutura clandestina e interromperam o abastecimento dos garimpos. A ofensiva se dividiu em duas frentes simultâneas: uma operando dentro da TIY e outra controlando o entorno, pelas rodovias e vicinais que cortam o sul do estado.

Base da Case de Governo /Força Nacional e FUNAI na pista do Rangel
Base da Case de Governo /Força Nacional e FUNAI na pista do Rangel

No dia 17, uma nova etapa da operação foi acionada com a instalação de uma base de operações no garimpo do Rangel, região estratégica à margem do rio Couto Magalhães. A partir desse ponto, helicópteros pousaram, quadriciclos cruzaram trilhas de mata e embarcações navegaram entre igarapés em missões de patrulhamento e ocupação. A presença contínua de forças federais na área obrigou dezenas de garimpeiros a se entregarem espontaneamente.

O acampamento montado no centro do garimpo passou a funcionar como núcleo de comando para ações conjuntas, conectando Casa de Governo, Força Nacional, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e Exército. A operação desmantelou a logística aérea com a destruição de pistas clandestinas e o bloqueio de outras rotas de acesso. O sobrevoo do drone Hermes 900 reforçou a vigilância nos céus, monitorando movimentos suspeitos e mapeando novas áreas de atuação.

Ainda no interior da TIY, no dia 17 de junho, o Comando Conjunto Catrimani II executou a destruição da pista clandestina do Noronha, localizada às margens do rio Uraricoera. Durante a ação, uma aeronave com prefixo adulterado foi inutilizada, além de ferramentas, equipamentos de manutenção e sacos de cassiterita apreendidos.

No dia 23 de junho, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) destruiu a Pista do Japão, localizada em Samaúma, fora do território yanomami. A pista clandestina, com aproximadamente 800 metros de extensão, era usada para apoio logístico ao garimpo ilegal.

Ainda no dia 23, em ação de repressão fluvial no rio Apiaú, a Força Nacional e servidores da Funai localizaram e destruíram um acampamento em funcionamento. Foram apreendidos 300 litros de combustível, galões de óleo e gasolina, uma barraca coberta com lona, uma rede e um fogão a lenha ainda aceso. Os combustíveis foram recolhidos e os demais itens inutilizados no local.

Na manhã do mesmo dia, dois garimpeiros foram conduzidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) até a Superintendência da Polícia Federal (PF) em Boa Vista. A rendição voluntária dos dois homens se somou à série de entregas que vêm ocorrendo desde a ocupação do garimpo do Rangel. A presença permanente das forças no território, somada ao bloqueio das rotas de fuga, vem enfraquecendo a capacidade de resistência dos grupos ilegais.

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Agentes da Força Nacional, Polícia Judiciária (PJ) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizamabordagem durante operação na zona urbana de Boa Vista

Mais tarde, a repressão ao garimpo ilegal se estendeu à zona urbana de Boa Vista. Em uma ação conjunta entre Ibama, PRF, Força Nacional e Polícia Judiciária (PJ), foram apreendidos 620 quilos de cassiterita extraída da TIY. O material estava sendo secado no quintal de uma residência, onde dois homens tentaram fugir ao notar a chegada dos agentes. Eles confessaram que o minério havia sido retirado de uma área às margens do rio Uraricoera, dentro do território Yanomami. Também foram apreendidos uma caminhonete, GPS e balança digital.

Enquanto isso, fora da terra indígena, o entorno da TIY foi fechado com uma rede de fiscalizações em terra. Equipes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), PRF, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Força Nacional atuaram em conjunto na instalação de barreiras e no controle de veículos nas vicinais de Samaúma, Campos Novos e Roxinho. As patrulhas se concentraram especialmente nas entradas utilizadas para o transporte de combustíveis, alimentos e equipamentos usados pelo garimpo.

Agentes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) realizam fiscalização de documentosdurante operação de bloqueio em estrada vicinal no município de Mucajaí - Fotos: Bruno Mancinelle | Casa de Governo
Agentes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) realizam fiscalização de documentosdurante operação de bloqueio em estrada vicinal no município de Mucajaí – Fotos: Bruno Mancinelle | Casa de Governo

Na vicinal 2 de Samaúma, uma casa foi flagrada com galões de combustível estocados, confirmando o uso do local como ponto de apoio ao garimpo. Em outras abordagens, moradores relataram que, antes da instalação das barreiras, aviões utilizados pelo garimpo pousavam diretamente nas vicinais 2, 3 e 6. As aeronaves sobrevoavam a região nas primeiras horas do dia, realizavam pousos rápidos em trechos improvisados das estradas.

Em meio ao avanço das operações, houve também espaço para o resgate humanitário. Um garimpeiro ferido, de 28 anos, foi resgatado no domingo, dia 22, por agentes da FUNAI e Força Nacional após passar cinco dias esperando por socorro na região do garimpo do Rangel. Os agentes realizavam uma operação de rotina quando o homem, abrigado em uma pequena cabana às margens de um rio, pediu ajuda. Ele apresentava ferimentos e relatou ter sido atacado com golpes de facão por um “gerente” do acampamento, após um desentendimento sobre a divisão do ouro.

Garimpeiro ferido é transportado por equipe da Força Nacional e profissionais de saúde após serresgatado no garimpo do Rangel
Garimpeiro ferido é transportado por equipe da Força Nacional e profissionais de saúde após serresgatado no garimpo do Rangel

Com o avanço da operação militar, os garimpeiros começaram a fugir da região, e deixou o homem ferido para trás, no ponto onde foi encontrado pela Força Nacional. Oficinas, casas de apoio e pistas informais foram abandonadas às pressas. Em algumas áreas, nem mesmo as aeronaves clandestinas voltaram a sobrevoar. Em outras, apenas marcas de pneus e trilhas de fuga indicavam o recente abandono.

A estratégia de sufocamento funcionou não apenas como uma resposta direta à presença do garimpo ilegal, mas como uma sinalização clara de que a retomada do controle do território é uma política de Estado. Segundo dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), a atuação coordenada das forças públicas resultou em uma redução de 96% das áreas de garimpo ilegal na TIY.

A operação, no entanto, segue intensa para erradicar os últimos focos de atividade remanescente, que ainda se concentram em áreas de difícil acesso, com logística ativa ou estrutura oculta sob a floresta. Para as autoridades, manter a pressão é essencial para impedir o reagrupamento de garimpeiros e garantir a consolidação da desocupação.

Assuntos Governo
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