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Massacre na Palestina sepulta ‘mito da superioridade ética do Ocidente’, diz Lula

23 de setembro de 2025
Massacre na Palestina sepulta 'mito da superioridade ética do Ocidente', diz Lula
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Em seu discurso na ONU, presidente brasileiro menciona guerras em curso pelo mundo, critica ataques a Venezuela e reafirma que ação israelense em Gaza, apesar dos erros do Hamas, configura genocídio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre os diferentes assuntos de que tratou em seu discurso na ONU, deu especial destaque a guerras em curso pelo mundo.

Lula voltou a criticar duramente os ataques de Israel à população palestina, que classificou novamente de genocídio. Lula disse que há o risco real de desaparição da população palestina e acusou “cumplicidade” de países que poderiam fazer terminar o conflito, mas ainda não o fizeram.

Sobre a Palestina, sem deixar de criticar os atentados do Hamas em 2023, Lula discursou:

“Nenhuma situação é mais emblemática do uso desproporcional e ilegal da força do que a da Palestina. Os atentados terroristas perpetrados pelo Hamas são indefensáveis sob qualquer ângulo. Mas nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza”, afirmou o líder brasileiro.

Ali [em Gaza], sob toneladas de escombros, estão enterradas dezenas de milhares de mulheres e crianças inocentes. Ali também estão sepultados o Direito Internacional Humanitário e o mito da superioridade ética do Ocidente”, acrescentou Lula.

Lula classificou a inação de países diante do prolongamento do massacre como cumplicidade: “Esse massacre não aconteceria sem a cumplicidade dos que poderiam evitá-lo”. O  presidente do Brasil, que durante seu discurso já dissera que o combate à fome deve ser a principal tarefa da comunidade internacional e objeto de seus melhores esforços, citou a inanição como arma de guerra de Israel.

Leia também:
• Na ONU, Lula diz que a guerra contra a fome é a única em que há vitória para todos
• ‘Tanto Israel quanto a Palestina têm o direito de existir’, afirma Lula ao condenar genocídio em Gaza

“Em Gaza a fome é usada como arma de guerra e o deslocamento forçado de populações é praticado impunemente”, criticou. Lula fez um aceno a parcelas da população israelense que se opõem à política conduzida pelo premiê Benjamin Netanyahu: “Expresso minha admiração aos judeus que, dentro e fora de Israel, se opõem a essa punição coletiva”.

Sem temer o apelo apocalíptico, Lula foi direto: “O povo palestino corre o risco de desaparecer. Só sobreviverá com um Estado independente e integrado à comunidade internacional”.

Em menção explícita à tomada de posição em favor do Estado Palestino que diferentes países têm adotado nos últimos dias, Lula lembrou que a solução de dois estados é “a solução defendida por mais de 150 membros da ONU, reafirmada ontem, aqui neste mesmo plenário, mas obstruída por um único veto”.

Lula ainda criticou que a presença do presidente palestino tenha sido barrada pelo governo de Donald Trump. “É lamentável que o presidente Mahmoud Abbas tenha sido impedido pelo país anfitrião de ocupar a bancada da Palestina nesse momento histórico”.

Lula, ainda falando sobre o massacre em Gaza, alertou para os riscos de contaminação regional: “O alastramento desse conflito para o Líbano, a Síria, o Irã e o Catar fomenta escalada armamentista sem precedentes”, disse

Venezuela e América Latina

Mesmo sem citar nominalmente Donald Trump e seu governo, Lula criticou duramente a pressão estadunidense sobre a Venezuela. Para tanto, o presidente brasileiro lembrou que a prioridade na América Latina e Caribe é a busca pela paz, o que vem sendo perturbado por ingerências externas.

“Na América Latina e no Caribe”, discurso Lula, “vivemos um momento de crescente polarização e instabilidade. Manter a região como zona de paz é nossa prioridade. Somos um continente livre de armas de destruição em massa, sem conflitos étnicos ou religiosos”.

Lula apontou que o governo Trump confunde criminalidade e terrorismo e adota instrumentos errados para a alegada tarefa de combater o tráfico de drogas.

“É preocupante a equiparação entre a criminalidade e o terrorismo”, disse o líder brasileiro. “A forma mais eficaz de combater o tráfico de drogas é a cooperação para reprimir a lavagem de dinheiro e limitar o comércio de armas”. Em menção implícita ao ataque e destruição recentes de barcos venezuelanos por forças de guerra dos Estados Unidos, Lula disparou: “Usar força letal em situações que não constituem conflitos armados equivale a executar pessoas sem julgamento”. 

“Outras partes do planeta já testemunharam intervenções que causaram danos maiores do que se pretendia evitar, com graves consequências humanitárias. A via do diálogo não deve estar fechada na Venezuela”, acrescentou.

O presidente brasileiro fez menção a outras intervenções estadunidenses em curso e outras guerras. Lula apontou alternativas a esses problemas, em busca da paz.

“O Haiti tem direito a um futuro livre de violência. E é inadmissível que Cuba seja listada como país que patrocina o terrorismo. No conflito na Ucrânia, todos já sabemos que não haverá solução militar”, disse.

“É preciso pavimentar caminhos para uma solução realista. Isso implica levar em conta as legítimas preocupações de segurança de todas as partes. A Iniciativa Africana e o Grupo de Amigos da Paz, criado por China e Brasil, podem contribuir para promover o diálogo”, apontou Lula.

Assuntos Governo
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