O pesquisador da Embrapa Semiárido Sérgio Tonetto de Freitas figura entre os 25 cientistas da Embrapa que estão entre os 2% mais influentes do mundo em suas áreas de atuação. Destes, ele é um dos dois únicos que atuam na região Nordeste.
Este foi o terceiro ano seguido que Tonetto entrou para a lista dos cientistas mais citados do mundo, de acordo com estudo realizado pela Universidade de Stanford, Estados Unidos. O ranking foi publicado no site da editora holandesa Elsevier, no dia 19 de setembro de 2025. Utilizando as citações de bases de dados Scopus, o estudo avalia o impacto dos pesquisadores ao longo de suas carreiras (de 1996 até o final de 2024) e durante todo o ano passado.
O banco de dados gerado pelo estudo traz informações padronizadas sobre citações – índice h (métrica amplamente utilizada em todo o mundo para quantificar a produtividade e o impacto de cientistas baseando-se nos seus artigos mais citados) e índice h ajustado de coautoria, citações de artigos em diferentes posições de autoria e um indicador composto. Os cientistas são classificados em 22 áreas científicas e 174 subáreas. O estudo inclui cientistas que estão entre os 100 mil mais influentes, de acordo com um índice composto de citação. Os cálculos foram realizados com base em todos os perfis de autores do Scopus em 1º de agosto de 2025.
A sensação é de profunda realização, acompanhada da convicção de que estamos conduzindo pesquisas de relevância para a solução de desafios significativos da agricultura em âmbitos regional, nacional e internacional”, declara Sergio Tonetto.
Ele ressalta que representar a Embrapa nessa lista é também motivo de imenso orgulho, “o que evidencia nossa capacidade de contribuir de forma expressiva para o avanço do conhecimento técnico e científico global, mesmo diante de restrições orçamentárias mais severas em comparação a outros países”.
Em mensagem encaminhada por e-mail para o pesquisador e para a chefia da Unidade, o Diretor Executivo de Pesquisa e Desenvolvimento, Clenio Pillon, expressou o reconhecimento, apreço e satisfação pela conquista. “Esta é uma notícia que enche toda a Empresa de imenso orgulho e reforça a qualidade e o impacto global da ciência que é produzida diariamente nas Unidades da Embrapa”, escreveu.
Pillon destacou, ainda, que a produção científica do pesquisador dialoga diretamente com os grandes desafios da ciência mundial, reforçando a relevância da ciência agropecuária brasileira e o papel estratégico da Embrapa na busca por soluções sustentáveis para a agricultura, onde o impacto do seu trabalho é inegável.
“Mais do que um reconhecimento individual, esta conquista valoriza a ciência como vetor de desenvolvimento, bem como destaca a atuação de nossas equipes e da Embrapa na vanguarda científica e tecnológica, com destaque para o cinturão tropical”, ressaltou.
Sergio Tonetto é graduado e mestre em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria, com doutorado em Biologia de Plantas e pós-doutorado em Ciência de Plantas, pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Tem também experiência em Fisiologia Vegetal, Nutrição de Plantas, Biologia Molecular e Fisiologia e Tecnologia Pós-colheita.
É pesquisador da Embrapa Semiárido desde 2012, onde atua no Núcleo Temático de Agricultura Irrigada, na área de Fisiologia Pós-colheita. Entre suas principais linhas de pesquisa estão a avaliação e desenvolvimento de métodos não destrutivos para monitorar a qualidade de frutas, estudos para caracterizar e entender os mecanismos responsáveis pelo aparecimento de desordens fisiológicas em frutas, visando desenvolver práticas eficientes de controle, e caracterização do metabolismo respiratório de frutas, visando desenvolver práticas eficientes para manter a qualidade pós-colheita.
Sergio Tonetto atua, também, como professor no Programa de Pós-Graduação em Agronomia nas Universidades Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e do Estado da Bahia (Uneb), e como colaborador do Programa de Pós-graduação Lato Sensu em Pós-colheita de Produtos Hortifrutícolas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE). Também foi professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Sergipe (UFS) no período de 2015 a 2025.