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Museu Goeldi terá exposições com acervo de 2,4 mil peças montadas para a COP 30

23 de outubro de 2025
Museu Goeldi terá exposições com acervo de 2,4 mil peças montadas para a COP 30
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A nova “Diversidades Amazônicas”, mostra permanente do Museu Paraense Emílio Goeldi, e a “Brasil Terra Indígena”, parceria com o Centro Cultural Vale Maranhão, somam-se a outras intervenções artísticas distribuídas em bases da instituição, em Belém

Tópicos da matéria
“Brasil: terra indígena”: produção cultural dos povos origináriosOutras intervenções artísticas no Museu Goeldi

Nos primeiros dias de novembro, serão abertas ao público mais duas exposições no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi (PZB-MPEG), como parte da programação da instituição e de seus parceiros para a 30ª Conferência das Partes (COP 30), em Belém. Estão em fase final de montagem a nova “Diversidades amazônicas”, mostra de longa duração da instituição, e a “Brasil: terra indígena”, iniciativa do Centro Cultural Vale Maranhão.

A primeira fala sobre a origem da Amazônia e marca o posicionamento institucional do MPEG sobre mudanças climáticas e preservação da biodiversidade. Já a segunda trata da presença dos povos indígenas em todo o território nacional. As duas reúnem um acervo de mais de 2,4 mil peças, em espaços do Centro de Exposições Eduardo Galvão, no PZB.

O coordenador de Museologia do Museu Goeldi, Emanoel Fernandes de Oliveira Júnior, explicou que a “Diversidades Amazônicas” é a mostra exclusiva do MPEG e ocupa um espaço permanente de 486 metros quadrados da galeria do térreo do Eduardo Galvão e será inaugurada em novembro.

A nova apresentação da mostra do Museu Goeldi foi concebida a partir de uma comissão curatorial – que pensou na construção da narrativa, no acervo, na identidade visual, no mobiliário e na expografia – formada pelo coordenador da Comus, Emanoel de Oliveira Júnior; pela coordenadora de Comunicação e Extensão (Cocex), Sue Costa; pela designer e chefe do Serviço de Comunicação Social (Secos), Sâmia Batista e Silva; e pela tecnologista do MPEG, Karol Gillet.

“A mostra é um incremento da exposição que já estava montada aqui. A gente está acrescentando alguns elementos importantes para valorizar o acervo, para contar uma nova história e também para marcar um posicionamento político da instituição com relação aos debates a respeito das mudanças climáticas, da preservação da biodiversidade”, explicou Emanoel de Oliveira Júnior.

Ele destacou, ainda, que a exposição reúne trabalhos de pesquisadores em várias áreas de conhecimento (arqueologia, linguística, antropologia, paleontologia, zoologia, botânica), contribuições de povos indígenas e tradicionais e de artistas, com o objetivo de mostrar a sociobiodiversidade característica desse bioma, a partir de uma perspectiva de longa duração. 

Além do acervo que faz parte de coleções científicas do Museu Goeldi, “Diversidades amazônicas” tem instalações interativas, proporcionando uma imersão no tempo aos visitantes, que podem conhecer as origens do bioma, há milhares de anos, passeando pela expansão dessa diversidade e chegando ao presente marcado pelos desafios climáticos, de ocupação e preservação da Amazônia.

De acordo com o coordenador de Museologia, para contar essa história, a narrativa parte de questões basilares como: quais as origens da diversidade amazônica, como a diversidade amazônica se expandiu, como a Amazônia ancestral contribuiu para a expansão da diversidade e, sobretudo, como o Museu Goeldi atua pela preservação das diversidades amazônicas.

A exposição tem o patrocínio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o apoio da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), ao qual o Museu Goeldi é vinculado. 

“Brasil: terra indígena”: produção cultural dos povos originários

A exposição “Brasil: terra indígena” – iniciativa do Instituto Cultural Vale e do Centro Cultural Vale Maranhão, viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei 8.313/1991) – tem a curadoria compartilhada entre representantes do Museu Goeldi, do Centro Cultural Vale Maranhão e de artistas e pensadores indígenas de todo Brasil.

A mostra ocupa 286 metros quadrados do mezanino do Centro de Exposições Eduardo Galvão, reúne um acervo de vários povos indígenas das 27 unidades da Federação, em uma coleção com mais de 2 mil peças, incluindo trabalhos de mais de 45 fotógrafos indígenas. Atualmente, está na fase de montagem fina, com entrada do acervo e ajustes de iluminação e cenografia.

Para o diretor da exposição, Gabriel Gutierrez, a mostra soma esforços com o objetivo traçado pelo  Ministério da Cultura de nacionalizar o alcance dos recursos da Lei Rouanet.

“É uma exposição muito didática que trata da presença dos povos indígenas em todo o território nacional. Em um primeiro momento, ela mostra ao visitante que a permanência desses povos vem de há muito tempo, ou seja, que é uma permanência milenar e que resiste ao crime e à guerra, que os indígenas continuam, permanecem, vivem ainda nos seus territórios, às vezes deslocados, mas com muita resistência, mantendo sua cultura e seus modos de vida. A gente escolheu aspectos da cultura material e imaterial, com peças e fotografias que materializam e presentificam a ancestralidade indígena viva em cada território”, disse.

Gutierrez explicou, ainda, que as instalações se dividem em eixos, como a indumentária, as cerâmicas, as máscaras, os bancos, as miçangas, enfim, os elementos que perpassam a cultura de vários povos indígenas. Ela também é dividida por localidade.

“Cada painel corresponde a um Estado brasileiro e apresenta um panorama de todos os povos que ali habitam, inclusive com um mapa que exprime e que evidencia as terras demarcadas, homologadas ou em vias de reconhecimento, mostrando que toda terra brasileira é indígena”, afirma.

A exposição também traz representação da roça indígena. São mais de 400 peças artesanais, representando plantas (como pupunha, abacaxi, milho, jenipapo, mandioca, banana e taioba), além de cestos trançados por artistas indígenas, que terão um destaque no salão principal do prédio. 

Para o coordenador de Museologia do Museu Goeldi, Emanoel de Oliveira Júnior, a apresentação da exposição no Museu Goeldi representa um desdobramento da declaração simbólica do Parque Zoobotânico como “terra indígena”, que foi feita em 2023.

“A intenção é retomar esse simbolismo para falar de comunidades indígenas no momento da COP 30. É uma exposição para falar sobre o protagonismo político, sobre essa ocupação pretérita do território brasileiro, para falar de aspectos da cultura, como música e rituais, trazer um panorama geral de como é que esses povos chegaram nisso que a gente chama Brasil, se fixaram e foram, na verdade, desenvolvendo estratégias de adaptação, de sobrevivência e, sobretudo, de enfrentamento dos últimos 500 anos de colonização”, destacou.

Outras intervenções artísticas no Museu Goeldi

Além dessas duas novas exposições, o Museu Goeldi acolhe outras intervenções que marcam a união da arte com a ciência e podem ser visitadas durante a COP 30. A proposta é difundir a ciência por meio da arte e fazer uma ponte com as temáticas ambientais discutidas na COP 30. 

Em setembro, foi entregue a galeria de arte composta por 19 painéis muralistas do Maub  (17 nos muros do Parque Zoobotânico e dois no Campus de Pesquisa do MPEG), por meio de uma parceria com o Museu de Arte Urbana de Belém. 

Já no início deste mês, foi aberta a exposição “Um rio não existe sozinho”, concebida pelo Instituto Tomie Ohtake. A mostra coletiva reúne nove artistas de diferentes regiões do Brasil e um escritório de arquitetura, com intervenções artísticas distribuídas em 10 espaços do PZB. 

“Ahetxiê: um tesouro da costa amazônica” é o nome da terceira exposição, em cartaz no Aquário Jacques Huber, no PZB. Com curadoria compartilhada, a mostra alerta para o fato de a Amazônia possuir a população remanescente de peixe-serra, que está criticamente ameaçada de extinção e traz o simbolismo da espécie para os karipuna, ligando a entidade Ahetxiê à história da origem desse povo indígena. 

No início de novembro, também será inaugurada a arte muralista  Mahku, dois painéis pintados pelos artistas do Movimento dos Artistas Huni Kuin. As obras são uma tradução de cantos huni kuin que falam da origem dessa etnia indígena do Acre. A obra foi patrocinada pela Bloomberg, junto à Galeria Carmo Johnson Projects, que representa o Mahku.

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