Espaços, que promovem integração entre pessoas, economia de recursos financeiros e sustentabilidade, atendem a uma necessidade da comunidade interna e preparam a unidade de pesquisa para o contexto da conferência, em Belém
O Campus de Pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi (Mpeg) ganhou um centro de convivência, equipado com terraço, copa e restaurante. A entrega do espaço foi feita pelo diretor da instituição, Nilson Gabas Júnior, na última sexta-feira (24/10). Na ocasião, ele anunciou o funcionamento da usina de energia solar, também implantada nessa base física do MPEG. Essas iniciativas atendem a uma necessidade da comunidade interna e preparam a unidade de pesquisa para as atividades programadas no contexto da Conferência das Partes (COP 30), evento das Nações Unidas que acontece em Belém, entre os dias 10 e 21 de novembro.
No centro de convivência, lotado de estudantes e trabalhadores da instituição, Gabas destacou que aquele era um momento histórico. “Há quanto tempo a gente merecia e precisava ter um lugar como esse? Enfim, conseguimos! Temos um local aprazível para nos sentar, fazer uma refeição, tomar um café e, sobretudo, conversar, dialogar. Desde que assumi a direção, há dois anos e meio, fazer esse centro de convivência foi uma das minhas primeiras decisões. Implementamos com recursos próprios um espaço digno e necessário. E, aqui, eu agradeço o trabalho incansável de todos os envolvidos, nas pessoas de Humberto Costa (diretor administrativo) e Roseny Mendonça (diretora substituta)”, ressaltou.
Sobre a usina fotovoltaica, Gabas destacou dois pontos: a economia financeira que será gerada com os gastos de energia elétrica (que junto com a segurança apresentam os maiores custos para manter as bases físicas do Museu) e o ganho para o meio ambiente pela escolha de uma energia limpa. “Desde o mês de setembro, colocamos nossa usina solar em funcionamento, com capacidade de geração de 223 mil watts. É uma iniciativa rumo à sustentabilidade, pois, nesse curto período, evitamos jogar na atmosfera mais de 29 toneladas de CO₂ (dióxido de carbono), com a vantagem de economizar cerca de 20% do nosso custo com energia. Tudo isso, centro de convivência e usina, chega em um momento contundente, às vésperas da COP 30, quando temos uma intensa programação”, lembrou.
- De cima, é possível avistar disposição dos 375 painéis sobre três prédios do Campus. Foto: NilsonBorges/MPEG
A usina
A usina fotovoltaica instalada no Campus de Pesquisa, localizado na Avenida Perimetral, 1901 – no bairro de Terra Firme, possui 375 painéis solares instalados sobre três prédios (entre os quais o da Prefeitura), com capacidade de gerar 223 mil watts por meio da captação de raios solares. É considerada uma forma limpa e renovável de gerar eletricidade, pois não emite poluentes. A instalação integra o projeto “Parque Analítico do Mpeg: análise das transformações da Amazônia e seus reflexos na sociobiodiversidade e na paisagem”, apoiado pela Finep e coordenado pela pesquisadora do Museu Goeldi, Ana Prudente.
O restaurante
O centro de convivência possui uma área de cerca de 800m2, divididos em terraço (área externa coberta), restaurante (que será administrado por uma empresa credenciada para explorar o local, oferecendo refeições – café, almoço e lanche – a preços acessíveis) e um espaço de copa (equipado com fornos micro-ondas e pias para uso coletivo das pessoas que preferirem levar suas marmitas). O espaço tem capacidade para receber 200 pessoas, e funcionará de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h.
Por Andréa Batista/Museu Goeldi