Estudo preliminar do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada mostra também melhora no resultado acumulado no ano, com queda de R$ 5 bilhões no déficit, comparado ao mesmo período do ano passado
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta quarta-feira (12), a estimativa preliminar do resultado primário das contas do Governo Federal em outubro de 2025. O levantamento aponta um superávit primário de R$ 37,1 bilhões no período.
Já no acumulado do ano, o resultado primário apresenta um déficit de R$ 61,8 bilhões, a preços constantes de outubro. O saldo negativo dos dez primeiros meses deste ano é menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando o déficit havia sido de R$ 65,9 bilhões.
A receita líquida do governo central atingiu R$ 229,4 bilhões no mês passado, frente aos R$ 219,2 bilhões observados em outubro de 2024, representando um aumento real de 4,7%. As despesas totalizaram R$ 192,4 bilhões, ante R$ 176,3 bilhões no mesmo mês do ano anterior, crescimento real de 9,1%.
Em outubro, a receita total registrou um crescimento real de 4,2%, em comparação com o montante arrecadado no mesmo mês de 2024. Esse resultado decorreu a partir do aumento nas receitas administradas pela Receita Federal do Brasil (RFB), que apresentaram acréscimo real de R$ 9,8 bilhões (5,8%).
Já a arrecadação líquida para o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) também teve expansão real de R$ 3,5 bilhões (6,4%), enquanto as receitas não administradas pela RFB sofreram redução real de R$ 2,4 bilhões (-6,8%). Dessa maneira, a receita líquida, após as transferências legais e constitucionais, apresentou variação, a preços constantes, de R$ 10,2 bilhões (4,7%).
No acumulado do ano, a receita líquida de transferências registrou uma variação real positiva de 3,7%, somando um crescimento de R$ 68,7 bilhões a preços constantes, com destaque para a arrecadação das receitas administradas pela RFB. No período elas apresentaram acréscimo de 4,4% e um aumento real de R$ 65,9 bilhões.
Quanto à despesa total, houve um crescimento em outubro, em termos reais, de R$ 16,1 bilhões (9,1%) em relação ao mesmo mês de 2024. No acumulado do ano até outubro, a despesa teve um crescimento real de R$ 64,6 bilhões (3,3%), em comparação ao mesmo período do ano passado.