Ministra das Mulheres destaca protagonismo feminino na ação climática durante o Dia de Gênero (Gender Day) da COP 30, marcados para esta quarta-feira (19) e quinta (20)
Com uma programação intensa que prevê debates, painéis e apresentações sobre a presença feminina nas decisões climáticas, o Ministério das Mulheres promove nesta quarta-feira (19/11) e quinta (20/11) o Dia de Gênero (Gender Day) dentro da programação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém. O protagonismo feminino na ação climática foi destacado pela ministra Márcia Lopes durante o programa Bom Dia, Ministra desta quinta-feira (13/11), transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A ministra foi entrevistada ao vivo por radialistas e jornalistas de várias regiões direto do estúdio da EBC montado na capital paraense.
“Em todas as salas, em todas as mesas de debate, nós vemos as mulheres protagonizando, apresentando as suas teses, experiências, práticas muito bem-sucedidas em todas as áreas, no Brasil e em outros países do mundo”.
Temos tido muitas atividades com a juventude, com as mulheres jovens dos vários países aqui, sempre muito presentes. As mulheres estão ocupando um espaço fundamental nesta COP e a gente tem reafirmado sempre: não existirá justiça climática sem justiça de gênero”, disse a ministra
Com o evento em território brasileiro, o objetivo é consolidar a liderança do país na promoção da justiça climática aliada à igualdade de gênero.
Na entrevista, Márcia Lopes também apresentou as iniciativas conduzidas pela pasta na conferência, como a criação de um protocolo internacional para o fortalecimento de mulheres e meninas em situações de emergências climáticas e desastres. A iniciativa é desenvolvida em parceria com organismos internacionais no âmbito do Plano de Aceleração de Soluções (PAS) da COP 30.
Nós tivemos uma atividade muito importante com as mulheres jovens. Estavam Bolívia, Colômbia, Estados Unidos, Nigéria, vários países e elas diziam exatamente que a grande expectativa é que saia dessa COP uma carta, um documento, que as deliberações das negociações sejam sempre para positivar essa participação das mulheres na transição climática para ter diretrizes claras da justiça climática e a presença das mulheres”
“E elas nos diziam que o Brasil é uma referência para elas, que agora o Brasil voltou a ser uma referência. Ontem também estivemos com várias entidades e organismos da ONU que estão assumindo conosco o protocolo como solução para as mulheres nas situações de emergência climática e de desastres. E todas essas entidades, esses organismos assumiram conosco a elaboração desse protocolo. A gente tem visto em todas as mesas essa expectativa. E colocando que o Brasil agora voltou a se comunicar com o mundo, a oferecer concretamente soluções, principalmente nessa questão do desmatamento, da preservação das águas”, explicou a ministra
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Segundo Márcia Lopes, a agenda em torno do Dia de Gênero permite que mulheres indígenas, negras, pescadoras, das águas, campos e florestas participem mais intensamente das discussões.
Temos as meninas aqui também, que sempre vêm ao nosso encontro, dizendo que são meninas, mas que são cuidadoras, que também querem atenção, proteção, que querem mais acesso às políticas e isso é importante”, disse a ministra
“Nós já temos as diretrizes, no sentido de que toda vez que houver uma situação de emergência, de calamidade, de desastres, as mulheres saibam como agir e buscar apoio. Ao mesmo tempo em que são as mais impactadas, as mulheres são as mais capazes de criar soluções alternativas em relação à reconstrução das casas, à busca da alimentação, ao cuidado dos filhos, da família, dos vizinhos. As mulheres são sempre muito solidárias”, explicou.
Márcia Lopes também falou sobre a cartilha Mulheres nas Ações Climáticas, produzida pelo Ministério das Mulheres, por meio da Secretaria Nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política (Senatp) e a Agência Alemã de Cooperação Internacional GIZ. De acordo com aministra, o documento, resultado do diálogo com movimentos e lideranças territoriais, evidencia com clareza a vulnerabilidade das mulheres frente à crise climática. Márcia Lopes afirmou que a cartilha vai ser distribuída entre as alunas e alunos de escolas.
“Nós vamos levar para todas as escolas do país no sentido de que, de fato, as professoras, os professores possam inserir esse conteúdo. Nada melhor do que a educação, do que a formação, do que a mudança de rumo das visões em cada geração”, afirmou a ministra.
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