A agenda climática do Banco do Nordeste esteve em destaque, nesta quinta-feira (13/11), durante a programação oficial da Casa Sustentabilidade Brasil na COP 30, em Belém (PA). O evento, realizado no Clube Cassazum, reuniu especialistas, gestores públicos, comunidades tradicionais e instituições financeiras para discutir soluções de adaptação climática, cidades resilientes e a criação de um Sistema de Comercialização de Carbono entre os países do BRICS.
O primeiro painel, “Cidades Resilientes & IA: aprendendo com os Quilombos”, trouxe reflexões sobre como conhecimentos tradicionais e ferramentas tecnológicas podem fortalecer políticas de resiliência. O Banco do Nordeste foi representado por Kléber de Oliveira, gerente executivo do Ambiente de Políticas de Desenvolvimento Sustentável, que contribuiu para o debate ao lado de representantes do Ministério do Meio Ambiente, Sebrae Nacional, organizações quilombolas e Banco do Brasil.
O segundo painel, “Sistema de Comercialização de Carbono do BRICS: criando um mercado comum de carbono”, aprofundou a discussão sobre a cooperação entre os países do bloco para a estruturação de um mercado comum de créditos de carbono. Participaram pesquisadores, especialistas em ESG, reguladores e profissionais de instituições financeiras, incluindo representantes do Banco do Nordeste.
Moderador dos dois painéis, Amilton Machado Costa, presidente da ANDP, destacou o caráter estratégico da iniciativa. “A realização deste encontro em plena COP30 ilustra o interesse dos diferentes setores em fazer avançar a agenda do carbono. Reunimos aqui governos, academia, empresas, comunidades tradicionais e instituições financeiras mobilizadas para evoluir o mercado de créditos de carbono e ampliar soluções sustentáveis para o Brasil e para o BRICS”, afirmou.
O diretor de Planejamento do Banco do Nordeste, Aldemir Freire, também destacou a importância da participação da instituição na agenda. “O Banco do Nordeste tem um interesse muito grande nessa discussão sobre aquisição de créditos de carbono porque quer ajudar a transformar a caatinga, os agricultores familiares, os assentados da reforma agrária e os quilombolas em produtores de crédito de carbono”. Ele ressaltou que o banco está interessado em adquirir crédito de carbono e em ajudar essas comunidades a estruturar projetos de aquisição, além de financiar empresas interessadas.
O evento foi promovido pela Casa Sustentabilidade Brasil, em parceria com a ANDP, e contou com apoio institucional do Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Sebrae, Instituto Sustentabilidade Brasil, Paz na Terra, Earthood e outras entidades dedicadas ao desenvolvimento sustentável.