Ao usar este site, você concorda com a Política de Privacidade e os Termos de Uso.
Accept
O Presidente
Facebook Like
Twitter Follow
Instagram Follow
O PresidenteO Presidente
Pesquisar
  • Principal
Follow US
© Foxiz News Network. Ruby Design Company. All Rights Reserved.
Governo

‘Belém deu certo. O mundo está aqui, dentro da Amazônia, discutindo o futuro’, diz Freixo

18 de novembro de 2025
‘Belém deu certo. O mundo está aqui, dentro da Amazônia, discutindo o futuro’, diz Freixo
Compartilhar

Ao comentar o alto nível dos debates globais na COP 30 em Belém – aquecimento, futuro, novo modelo de desenvolvimento –, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, destaca o turismo como ferramenta importante para a nova economia do século 21

Para se combater uma atividade ilegal na Amazônia – como garimpo, extração de madeira, desmatamento para pasto – é preciso apresentar ao povo que vive na Amazônia atividades econômicas legais. E, em pleno século 21, a nova economia que vai atender a essa lógica tem de levar em conta tudo isso que se discute na COP 30, em Belém.

Bioecononomia, transição ecológica, floresta em pé com um ativo maior do que a floresta destruída, sustentabilidade das atividades humanas – dos povos e comunidades que vivem na floresta. Uma dessas atividades – capaz de criar empregos, proporcionar renda e manter essas populações como aliadas da preservação – é o turismo sustentável.

Entusiasmado com o sucesso da realização da COP na Amazônia, o presidente da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), Marcelo Freixo, explica nesta entrevista a Roberto Camargo, no Canal Gov, essa nova lógica para a nova economia do século 21.

Leia a seguir. Ou clique aqui e assista


Acesse aqui a página oficial da COP 30 • E aqui a lista de notícias da COP 30 na Agência Gov


Eu queria começar essa conversa com você recorrendo a uma fala do presidente Lula, sobre a COP 30 promover uma verdadeira revolução cultural aqui em Belém. São moradores daqui tendo contato com pessoas de todo o mundo e pessoas do mundo conhecendo as belezas naturais, a comida, a cultura, a arte. 

É isso mesmo, o presidente Lula tem razão. Eu sou uma pessoa muito apaixonada por Belém, então eu sou suspeito. Mas, de fato, você tem uma Belém até a COP 30 e outra depois. A cidade é outra. Você tem novo porto, tem as vias, recuperação de espaços públicos, construção de hotéis. É uma cidade que hoje está muito mais preparada para aproveitar seu potencial turístico do que estava antes. E quando você pensa na COP 30, você trazer o mundo inteiro para debater a questão climática e ambiental para um estado amazônico, foi muito acertado.

Gerou polêmica, dúvidas, mas está aí. Deu certo, o mundo inteiro está aqui, dentro da Amazônia, debatendo aquecimento global, futuro, novo modelo de desenvolvimento. Quando a gente pensa no novo modelo econômico para o século 21, o turismo é uma ferramenta muito importante para isso, que é a geração de emprego e renda.

Esse ano foram 8 milhões de empregos gerados pelo turismo diretamente. A gente tem uma arrecadação, só com o turismo internacional, de US$ 8 bilhões por ano, gerando emprego e renda de forma sustentável. Essa Região Norte inteira, que Belém hoje é uma porta de entrada, é uma propaganda fundamental, um cartão postal. Mas essa região inteira pode se alimentar muito de um turismo de base comunitária.

Como é que a gente mantém a floresta em pé e, ao mesmo tempo, a cria empregos e renda? O turismo é essa ferramenta que pode fazer isso. Então, acho que talvez um dos grandes legados que a gente tenha será um trabalho de turismo chegando nessas comunidades tradicionais indígenas, ribeirinhas, quilombolas, e mudando a vida dessas pessoas. A possibilidade real de uma nova economia.

Muita gente, quando avalia o crescimento do turismo, examina basicamente os números mais imediatos. Porém, tem políticas que sustentam isso. Há toda uma alavancagem da infraestrutura, do funcionamento das cidades. Eu queria que o senhor comentasse as ações em geral da Embratur, que tem, em curto espaço de tempo, durante este governo do presidente Lula, trazido resultados tão positivo.

Olha, de fato, foi uma revolução que a gente conseguiu fazer nesses menos de três anos de governo Lula. O Brasil nunca tinha chegado a 7 milhões de visitantes estrangeiros em um ano. Nós chegamos, e no mês de setembro.

O Plano Nacional de Turismo tinha uma previsão de a gente chegar a 8 milhões em 2027. Nós vamos chegar a 8 milhões no final deste mês. Portanto, até o final do ano, serão 9 milhões de turistas visitando o Brasil. É um recorde absoluto.”

Então, o Brasil nunca foi tão visitado, foi 43% de crescimento comparado ao ano passado. Ou seja, a gente aprendeu a se comunicar, a gente fez uma revolução técnica muito grande na Embratur. A gente criou na Embratur um centro de inteligência de dados. Então, eu sei perfeitamente quantos vêm para cá, de onde vêm, quanto gastam, qual a melhor época. Tudo com inteligência de dados, com equipe técnica e profissionalização.

Então, o alemão vem para cá quando? O alemão vem para cá, viu? Quando é que o francês vem para cá? Quando é que o português vem? O norte-americano? O chileno? O argentino? O argentino vai para onde? Por exemplo, toda a região litorânea do Brasil são os argentinos da hegemonia. Já na região norte da Amazônia, francês e americano. Então, a gente tem que saber isso para saber promover o Brasil com mais qualidade, buscar a companhia aérea acertada, ampliação da malha aérea, que foi outro fator decisivo.

Levar o turismo a sério, que foi o que o governo Lula fez, trouxe receita, trouxe emprego e renda e fez a gente dialogar com o século 21. O que é que o século 21 precisa? O mundo não pode terminar o século 21 como terminou o século 20. O planeta não vai resistir. Então, tem um novo modelo a se pensar. Eu acho que o turismo é uma solução para isso.”

De que forma o turismo sustentável, fomentado, incentivado aqui no Brasil, pode também trazer resultados positivos no enfrentamento às mudanças do clima, na sustentabilidade das atividades econômicas? Como é que a Embratur vê isso? 

Isso é decisivo. Isso é a coisa mais importante. Eu acho que a grande mensagem que a COP está colocando para o mundo é que a gente quer a Floresta Amazônica de pé. Ou seja, o desmatamento não traz valor, não gera emprego, não gera renda e gera destruição no planeta.

Essa floresta em pé pode gerar recursos como? O turismo é uma dessas ferramentas. Capacitar. Por exemplo, esse fundo criado aqui na COP, o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que já nasce com US$ 6 bilhões tem uma previsão de 125 bilhões, vai servir para você trazer inovação, manter a floresta em pé e valorizar todos os países do mundo envolvidos que têm diretamente relação com essa floresta.

Quando a gente fala de uma economia verde, de uma bioeconomia, como é que esses povos vão viver? De quem é que eles vão viver? O turismo é uma dessas possibilidades.

Então, você tem ali no turismo de base comunitária como um novo ativo. Se a gente quer combater um garimpo ilegal, precisa criar uma atividade legal para combater uma ilegal, porque as pessoas têm que ter do que viver.”

É evidente que a Conferência do Clima abriu uma janela de oportunidades até para desenvolvermos mais o turismo na região e no país. Mas passada a conferência, o que a Embratur tem de novos projetos para o futuro próximo? 

Este ano a gente trabalha com uma coisa chamada Galeria Visite Brasil. A gente diz que o Brasil é uma obra de arte, uma obra de arte você visita em galeria. Nós levamos o tema da Amazônia e também o tema do Pantanal para vários lugares do mundo através de uma exposição, que é uma exposição sensitiva, com gastronomia, com foto, com artesanato, com cultura, com participação direta da sociedade civil.

Ano que vem a gente vai levar sobre os oceanos, porque a gente tem que chamar também. O oceano não é só um caminho para se chegar a algum lugar. O oceano é um destino.

Então são muitos os compromissos que, por intermédio do turismo, você apresenta ao planeta. Você pode ter um planeta mais equilibrado, com mais responsabilidade, com uma economia mais sustentável, mais preservado. Eu acho que o turismo é essa ferramenta à nossa disposição.

A revista Forbes, em 2023, já indicou o Brasil como principal destino de ecoturismo do mundo. Isso não é à toa. Quem vem ao Brasil vem conhecer e vem viver uma experiência.

Quem vem para a Amazônia não vem só para um lugar. Vem para a Amazônia conhecer o seu povo, a sua cultura, todas as sensações que a Amazônia provoca. Então, essa riqueza que o Brasil tem, que é a única, que não pode ser copiada, a gente tem que transformar num produto e fazer o Brasil viver disso.

Assuntos Governo
Compartilhar este artigo
Facebook Twitter Email Copy Link Print

Você pode gostar também

'Estamos há 30 anos atrasados e agora temos pressa', diz Marina Silva
Governo

‘Estamos há 30 anos atrasados e agora temos pressa’, diz Marina Silva

18 de novembro de 2025
Como seria um mundo sem gado? Filme exibido na COP 30 tenta responder
Governo

Como seria um mundo sem gado? Filme exibido na COP 30 tenta responder

18 de novembro de 2025
Projeto Rotas de Integração Sul-Americana alia ampliação de infraestrutura e preservação ambiental
Governo

Projeto Rotas de Integração Sul-Americana alia ampliação de infraestrutura e preservação ambiental

18 de novembro de 2025
Operações da Polícia Federal desarticulam esquemas de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas
Governo

Operações da Polícia Federal desarticulam esquemas de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas

18 de novembro de 2025
Lula na entrega de ponte entre Pará e Tocantins: 'É o Estado brasileiro garantindo o direito de ir e vir'
Governo

Lula na entrega de ponte entre Pará e Tocantins: ‘É o Estado brasileiro garantindo o direito de ir e vir’

18 de novembro de 2025
MTE afasta mais de 100 adolescentes do trabalho infantil em fábricas de Birigui
Governo

MTE afasta mais de 100 adolescentes do trabalho infantil em fábricas de Birigui

18 de novembro de 2025
Incêndios florestais em unidades de conservação chegam ao menor patamar desde 2018
Governo

Incêndios florestais em unidades de conservação chegam ao menor patamar desde 2018

18 de novembro de 2025
Floresta Viva: BNDES e Aegea lançam edital para apoiar a revitalização do Pantanal
Governo

Floresta Viva: BNDES e Aegea lançam edital para apoiar a revitalização do Pantanal

18 de novembro de 2025
Fundo Amazônia quadruplica aprovações e se consolida como instrumento de financiamento climático
Governo

Fundo Amazônia quadruplica aprovações e se consolida como instrumento de financiamento climático

18 de novembro de 2025
No mês da Consciência Negra, programa leva cuidado a populações vulnerabilizadas
Governo

No mês da Consciência Negra, programa leva cuidado a populações vulnerabilizadas

18 de novembro de 2025
Bolsa Mais Professores é regulamentada para fortalecer a permanência de docentes
Governo

Bolsa Mais Professores é regulamentada para fortalecer a permanência de docentes

18 de novembro de 2025
Confira como vai funcionar o Procedimento de Caracterização da Deficiência do CPNU 2
Governo

Confira como vai funcionar o Procedimento de Caracterização da Deficiência do CPNU 2

18 de novembro de 2025
O PresidenteO Presidente