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Censo 2022 mostra um Brasil com menos mães e filhos

27 de junho de 2025
Censo 2022 mostra um Brasil com menos mães e filhos
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Os dados sobre Fecundidade investigados pelo Questionário da Amostra do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira (27/6) pelo IBGE, confirmaram o que se esperava: as mulheres do país estão tendo menos filhos e adiando cada vez mais a maternidade. Também cresceu bastante a proporção de mulheres que chegaram ao final da vida reprodutiva sem terem sido mães. Essas tendências demográficas se repetem, com maior ou menor intensidade, em todas as unidades da federação, mostrando diferenças por cor ou raça, níveis de instrução e, também, por grupos religiosos.

Tópicos da matéria
Fecundidade se desloca Distrito Federal tem a maior idade média de fecundidade Percentual de mulheres de 50 a 59 anos que não tiveram filhos Número médio de filhos de mulheres de 50 a 59 anos cai As menores taxas de fecundidade são as das mulheres amarelas e brancas Idade média de fecundidade das mulheres brancas Mulheres com nível superior completo têm taxa de fecundidade menor Mulheres mais escolarizadas tendem a ter filhos mais tarde Número médio de filhos é menor entre as mulheres de 50 a 59 anos com mais instrução Fecundidade das evangélicas Mais sobre a pesquisa

Em 1960, a Taxa de Fecundidade Total (TFT) do país era de 6,28 filhos por mulher, chegando a 8,56 na região Norte e a 7,39 no Nordeste. Em 2022, a TFT caiu para 1,55 filho por mulher no país, sendo 1,89 na região Norte e 1,60 no Nordeste.

As informações fazem parte do Censo Demográfico 2022: Fecundidade e migração: Resultados preliminares da amostra.

Os resultados poderão ser acessados no portal do IBGE e em plataformas como o SIDRA e o Panorama do Censo , sendo que nesse último poderão ser visualizados, também, por meio de mapas interativos.

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Há outras fontes de dados que fornecem o número de filhos nascidos vivos em um determinado ano (Estatísticas do Registro Civil, do IBGE e Sinasc, do Ministério da Saúde), mas apenas os dados do Censo Demográfico possibilitam cruzamentos com nível de instrução, cor ou raça, entre outras características socioeconômicas das mulheres. Essas análises mais desagregadas permitem entender com maior profundidade o comportamento da fecundidade em diferentes grupos populacionais.

Fecundidade se desloca

Os dois últimos censos demográficos demonstram o envelhecimento da curva de fecundidade das mulheres do país. Em 2010, o pico da curva da distribuição relativa das taxas específicas de fecundidade estava no grupo etário de 20 a 24 anos, que tinha um peso de 26,5% na composição da TFT do ano. Em 2022, a maior concentração passou a ser verificada no grupo etário de 25 a 29 anos, com 24,4% do peso da fecundidade total do ano. Ao mesmo tempo, nota-se a redução nas proporções da fecundidade nos primeiros grupos etários e um aumento dessas proporções para os grupos a partir de 30 anos.

Em 2022, em três Grandes Regiões (Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste) o pico da distribuição das taxas específicas de fecundidade se deslocou do grupo etário dos 20 a 24 anos para o de 25 a 29 anos. A exceção foi o Norte, cujo pico da fecundidade permaneceu nos 20 a 24 anos e o Sul, cujo pico já estava localizado no grupo etário de 25 a 29 anos em 2010.

Distrito Federal tem a maior idade média de fecundidade

No Brasil, a idade média da fecundidade em 2000 era de 26,3 anos, passando para 26,8 anos em 2010 (aumento de 0,5 anos) e para 28,1 anos em 2022 (aumento de 1,3 anos). A idade média da fecundidade é um importante indicador que revela tendências no comportamento reprodutivo, indicando se as mulheres estão tendo filhos mais cedo ou mais tarde.

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De 2010 a 2022, houve aumento desse indicador em todas as unidades da federação. A maior alta foi em Rondônia (7,4%) e a menor, no Acre (1,5%).

Em 2022, a idade média da fecundidade mais alta foi a do Distrito Federal (29,3 anos) e a mais baixa foi encontrada no Pará (26,8 anos).

Percentual de mulheres de 50 a 59 anos que não tiveram filhos

Os dados dos Censos Demográficos de 2000, 2010 e 2022 indicam crescimento no percentual de mulheres de 50 a 59 anos que não tiveram filhos nascidos vivos, ou seja, no grupo de mulheres que concluiu recentemente a passagem pelas idades do ciclo reprodutivo com maior ocorrência de nascimentos e cuja ausência de filhos tidos nascidos vivos tende a ser permanente.

No Brasil, o percentual de mulheres de 50 a 59 anos que não tiveram filho era de 10% em 2000, passando para 11,8% em 2010 e para 16,1% em 2022.

O aumento no percentual de mulheres sem filhos após seu período reprodutivo está associado à postergação da maternidade. Todas as Unidades da Federação apresentaram incremento nesse indicador, no período de 2010 e 2022. Em 2022, o Rio de Janeiro tinha o maior percentual de mulheres de 50 a 59 anos que não tiveram filho nascido vivo (21%). No outro extremo, estava Tocantins (11,8%).

Número médio de filhos de mulheres de 50 a 59 anos cai

No Brasil o número médio de filhos tidos nascidos vivos por mulheres de 50 a 59 anos, ou seja, que já passaram por todo o período reprodutivo, em 2000 era de 4,2, passando para 3,0 em 2010 e para 2,2 em 2022, evidenciando a redução do nível da fecundidade. O número médio de filhos nascidos vivos por esse grupo de mulheres é um importante indicador de fecundidade acumulada, porque mostra quantos filhos as mulheres efetivamente tiveram ao longo de todo seu período reprodutivo.

De 2010 a 2022, as maiores reduções percentuais no número médio de filhos foram no Nordeste, destacando-se a Bahia, com redução de 36,8% no período. Já o Rio Grande do Sul teve redução de 18,4% no número médio de filhos tidos nascidos vivos, a menor entre as UFs.

Em 2022, as Unidades da Federação com maior número médio de filhos tidos nascidos vivos eram Amapá e Acre, ambos com 3,2 filhos por mulher. Amazonas, Roraima e Maranhão vinham a seguir (os três com 3,1). Já o Rio de Janeiro tinha o menor número médio de filhos (1,8), com São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal a seguir (os três com 2,0).

As menores taxas de fecundidade são as das mulheres amarelas e brancas

Os principais grupos de cor ou raça, branca, parda e preta, representam quase que a totalidade das mulheres de 15 a 49 anos (99%) e das crianças nascidas nos últimos 12 meses (98,5%).

Os grupos de amarelos e indígenas são diminutos, frente aos demais grupos, sendo que os indígenas têm características sociais e culturais específicas que requerem análises pormenorizadas para entender os diferenciais de fecundidade.

A Taxa de Fecundidade Total (TFT) obtida pelo Censo 2022 para o Brasil foi de 1,55 filho por mulher. Todos os grupos de cor ou raça com exceção da categoria indígena (2,84) apresentaram TFT abaixo do chamado nível de reposição (2,1 filhos por mulher), que é a taxa necessária para manter a população numericamente estável ao longo do tempo, desconsiderando migrações. Em 2022, a menor TFT foi a das mulheres amarelas (1,22). A TFT das mulheres pardas foi 1,68, a das mulheres pretas foi 1,59 e a das mulheres brancas, 1,35.

Idade média de fecundidade das mulheres brancas

Em 2022, as mulheres brancas apresentaram a maior idade média da fecundidade (29,0 anos), com as mulheres pretas (27,8 anos) e pardas (27,6 anos) a seguir.

Para os três grupos, de 2000 a 2022, aumentou a idade média da fecundidade. Esse fato deriva de mudanças sociais, econômicas e culturais como, por exemplo, o aumento da escolaridade feminina, o aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho e maior acesso a métodos contraceptivos.

Em 2022 as mulheres pretas e pardas de 50 a 59 anos tinham o maior número de filhos nascidos vivos (2,5 filhos para pardas e 2,4 para pretas), enquanto entre as mulheres brancas esta média era de 1,9 filho.

Mulheres com nível superior completo têm taxa de fecundidade menor

O Brasil apresentava uma taxa de fecundidade total (TFT) de 1,55 filho por mulher em 2022. Para os quatro níveis de instrução analisados, as taxas observadas estavam abaixo do nível de reposição, de 2,1 filhos por mulher. A TFT para as mulheres sem instrução ou com ensino fundamental incompleto era de 2,01 filhos por mulher.

A fecundidade recua conforme aumenta a instrução. As mulheres com ensino fundamental completo e médio incompleto tinham TFT de 1,89 filho por mulher. As mulheres com ensino médio completo e superior incompleto tinham taxa de 1,42 e, no grupo com ensino superior completo, o indicador era o menor: 1,19 filho por mulher.

A diferença entre a TFT das mulheres menos escolarizadas (2,01) e a daquelas com maior instrução (1,19) corresponde a uma redução de 41,1% no número médio de filhos.

Mulheres mais escolarizadas tendem a ter filhos mais tarde

A fecundidade vai se tornando mais tardia conforme as mulheres atingem maiores níveis de instrução. A idade média da fecundidade para o grupo sem instrução e ou com ensino fundamental incompleto foi de 26,7 anos. No grupo com ensino fundamental completo e médio incompleto, esse indicador sobre para 27,3 anos.

Para o contingente de mulheres com ensino médio completo e superior incompleto, a idade média de fecundidade chegava a 28,4 anos, e para aquelas com ensino superior completo, a 30,7 anos.

Número médio de filhos é menor entre as mulheres de 50 a 59 anos com mais instrução

O número médio de filhos para as mulheres de 50 e 59 anos vem recuando nas últimas décadas, com diferentes intensidades, dependendo do nível de instrução.

De 2000 a 2022, a queda mais acentuada ocorreu entre as mulheres com ensino fundamental completo e médio incompleto, cujo número médio de filhos passou de 3,8 para 2,1.

Em 2022, essas médias continuaram a se reduzir, mas os níveis de instrução permaneceram determinantes. O número médio de filhos entre as mulheres com 50 a 59 anos foi de 2,8 no grupo sem instrução ou com fundamental incompleto, de 2,1 filhos para aquelas com ensino fundamental completo e médio incompleto, de 1,8 para aquelas com ensino médio completo e superior incompleto e, finalmente, de 1,5 para o grupo que completou o ensino superior.

Fecundidade das evangélicas

Quando se considera os grupos religiosos das mulheres, as taxas de fecundidade total mostram algumas diferenças. A menor TFT foi a das mulheres que se declararam Espíritas (1,01) e a segunda menor taxa foi a das mulheres da Umbanda e Candomblé (1,25). Os grupos de Outras religiosidades (1,39), Sem Religião (1,47) e Católica Apostólica Romana (1,49) tiveram taxas semelhantes e ainda abaixo da média do país (1,55). O único grupo religioso com TFT acima da média foi o das mulheres Evangélicas (1,74).

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A análise por grupos de idade também mostrou diferenças. O pico de fecundidade dos grupos Umbanda e camdomblé e Sem religião era na faixa dos 20 aos 24 anos. No extremo oposto, as mulheres espíritas tinham seu pico de fecundidade na faixa dos 30 aos 34 anos. Os demais grupos religiosos mostraram peso maior da fecundidade na faixa dos 25 a 29 anos. Essas diferenças podem estar ligadas às estruturas etárias e aos níveis de instrução específicos de cada grupo religioso.

Mais sobre a pesquisa

Esta divulgação de novos dados do Questionário da Amostra do Censo Demográfico 2022 traz informações sobre a Fecundidade da população feminina do país. Os resultados contemplam os recortes geográficos Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação, desagregados por cor ou raça, níveis de instrução, sexo, religião e grupos de idade.

Assuntos Governo
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