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Entenda como a digitalização do SUS contribui para a preservação do meio ambiente

13 de novembro de 2025
Entenda como a digitalização do SUS contribui para a preservação do meio ambiente
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Redução do uso de papel e da emissão de carbono estão entre as contribuições que a transformação digital do SUS traz para reduzir as mudanças climáticas. Quem explica é a secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad

A transformação digital no Sistema Único de Saúde (SUS) facilita e agiliza o acesso da população aos serviços de saúde e ainda contribui com o meio ambiente com iniciativas como o prontuário eletrônico e o telessaúde. É o que explica a secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, em entrevista ao Canal Gov, em Belém (PA), onde participa da COP 30.

A Telessaúde SUS utiliza tecnologia da informação e comunicação para fornecer serviços de saúde à distância, como consultas, teleconsultas com especialistas, diagnósticos e acompanhamento de pacientes crônicos. Atualmente, 44% dos 5.570 municípios brasileiros já contam com ações do telessaúde, segundo Ana Estela Haddad. A iniciativa evita o deslocamento até uma unidade de atendimento e assim contribui para a economia de créditos de carbono. “É usar a tecnologia como aliada para melhorar a eficiência, aumentar a rapidez, levar mais saúde e emprestar atendimento de melhor qualidade para a população”.

Já o prontuário eletrônico, além de aumentar a eficiência do atendimento no SUS, evita o uso de papel. Hoje, 92% das unidades básicas de saúde do País já usam o prontuário eletrônico.

“Então, a gente economiza derrubada de árvores, melhora o meio ambiente, e, mais do que isso, trabalha com dados com maior exatidão, porque o dado registrado, ele pode ser transmitido online, e você pode ter a tomada de decisão baseada em informação atualizada, com evidência, e são melhores decisões”, detalhou a secretária de Informação e Saúde Digital.


Acesse aqui a página oficial da COP 30 • E aqui a lista de notícias da COP 30 na Agência Gov


Assista aqui a entrevista. E leia a seguir

Secretária, vamos falar sobre a transformação digital e o que isso tem a ver com a COP 30. A senhora tem explicado que a transformação digital pode ajudar na redução de emissão de carbono no SUS. Conta pra nós como isso funciona?

As mudanças climáticas têm forte impacto na saúde, e hoje a Organização Mundial da Saúde usa um conceito que chamamos de One Health, ou uma só saúde. A natureza, os animais, a vegetação, o clima, tudo isso está conectado e a nossa saúde está conectada com isso também. Então, quando a gente fala de mudanças climáticas, a gente tem que pensar também na saúde e na saúde pública, como no caso do Sistema Único de Saúde. O Sistema Único de Saúde faz vigilância, faz predições e procura se adaptar para poder predizer emergências sanitárias ou climáticas e poder se preparar para atender bem a população e para prevenir as repercussões negativas que isso tem para a saúde.

E falando em transformação digital, como que está esse processo de digitalização no SUS que é uma das prioridades do Governo Federal?

Olha, é importante dizer que nesse terceiro mandato do presidente Lula, foi criada a Secretaria de Informação e Saúde Digital. No processo de transformação digital, nós estamos avançando na implementação do prontuário eletrônico. Hoje, 92% das unidades básicas de saúde em todo o país já usam o prontuário eletrônico.

Nós temos alguns locais mais remotos que ainda precisam de ampliar a conectividade, a gente está trabalhando nisso também. Tem locais que a gente está levando equipamentos, então, são 10 mil kits de telessaúde que estamos levando para locais que ainda não tem, para que eles possam receber a telessaúde. Já temos 44%, dos 5.570 municípios brasileiros, que recebem ações de telessaúde da nossa rede brasileira de telessaúde.

E se a gente trabalhar com a região Norte, que é onde nós estamos, 55% dos municípios da região norte recebem a telessaúde, porque aqui é muito mais importante ainda. Aqui, se a gente tem uma situação de emergência e precisa remover um paciente para tratamento fora de domicílio, muitas vezes isso representa uma transferência aérea ou fluvial e custa muito caro. Às vezes é R$ 80 mil uma transferência, para você ter uma ideia.

Fora a pessoa ter que se hospedar, se alimentar fora de casa. Então, quando a gente tem a telessaúde podendo apoiar e levar para os locais de vazio assistenciais as ações e serviços de saúde, você melhora, você chega mais perto quando a população mais precisa.

É usar a tecnologia como aliada para melhorar a eficiência, aumentar a rapidez, levar mais saúde e emprestar atendimento de melhor qualidade para a população.

É isso mesmo. E isso também tem impactos climáticos, porque quando você reduz deslocamentos, fazendo atenção à saúde em parte remota, você economiza em créditos de carbono. Eu vou citar um exemplo para vocês.

Nós temos, por exemplo, na região Sul, um núcleo de telessaúde que faz a oferta de teleconsultorias de dermatologia. Então, num total de 103 mil teleconsultorias ofertadas para atenção primária, os casos foram resolvidos na atenção primária, 42% foram resolvidos na atenção primária, sem precisar que o paciente se deslocasse até um especialista. Então, isso economiza crédito de carbono.

Se você quiser falar de números, nós temos o caso, por exemplo, do Ceará. No Ceará, a Secretaria Estadual implementou a telessaúde integrada ao complexo regulador, onde tem as filas para atenção especializada, e 918 teleatendimentos representou uma economia de 252 mil quilômetros que deixaram de ser percorridos pela população. Então, isso tem impactos.

Tem outros impactos também, por exemplo, quando a gente implementa o prontuário eletrônico e os sistemas de informação eletrônicos, a gente usa muito menos papel. Então, a gente economiza derrubada de árvores, queimadas, a gente melhora o meio ambiente, e mais do que isso, a gente trabalha com dados com maior exatidão, porque o dado registrado, ele pode ser transmitido online, e você pode ter a tomada de decisão baseada em informação atualizada, com evidência, e são melhores decisões. Nós também estamos implementando as plataformas SUS Digital, então hoje, no aplicativo Meu SUS Digital, o paciente já tem acesso aos seus dados de saúde, a sua caderneta de vacinação, aos dados clínicos, então ele pode também acompanhar a sua própria saúde.


Essa digitalização de dados também permite mapear melhor onde são necessários mais médicos, que tipo de atendimento, como por exemplo aqui, no Norte. Isso faz o SUS chegar mais à população, né?

Exatamente, a gestão também ganha com isso, porque a telessaúde, os sistemas de informação, a integração dos dados e informações no espaço digital faz com que gestores, profissionais de saúde e o próprio paciente recebam informações atualizadas em tempo real para tomar melhores decisões.

Isso também já está nos permitindo decisões de predição, então, a gente pode antever mudanças climáticas, emergências sanitárias e se preparar para mitigar esses efeitos e para que o sistema de saúde esteja mais pronto para atender melhor a população. Eu queria dar um exemplo, estamos lançando o Guia de Bolso de Mudanças Climáticas e Saúde para os profissionais de saúde. Esse guia já está disponível na plataforma SUS Digital Profissional para os profissionais de saúde que atuam no SUS, mas ele também está disponível no Meu SUS Digital, que é um aplicativo gratuito, de acesso aberto, está na Apple Store, na Google Play e pelo Meu SUS Digital. O paciente, o usuário, além de ter acesso aos seus dados de saúde, tem várias funcionalidades e agora, entre elas, também o Guia de Bolso sobre Mudanças Climáticas e Saúde.

Secretária, esse modelo de digitalização, de transformação digital que está sendo aplicado no SUS, ele vai ser compartilhado aqui na COP 30 com outros países? Ele pode servir de modelo também para outros países?

Certamente. Nós já temos feito isso. Participamos de vários fóruns internacionais, a Rede Latino-Americana de Saúde Digital, a própria Organização Mundial da Saúde, a Global Digital Health Partnership, que é uma iniciativa de ministérios de saúde de 40 países diferentes. Em todos esses fóruns, temos levado o modelo brasileiro, principalmente a nossa plataforma de interoperabilidade, a Rede Nacional de Dados em Saúde, que hoje já alcançou a marca de 3,1 bilhões de registros de dados de saúde, todos integrados para que a gente tome melhores decisões. Esse modelo já foi reconhecido pela Organização Pan-Americana da Saúde. Para a região das Américas, temos sido pioneiro, como outras regiões também. Então, o Brasil está bem colocado, bem posicionado na transformação digital.

Temos a aprender com países que estão com maior maturidade, como a China, como os países escandinavos, a Suécia tem uma grande prontidão digital, Singapura. Mas o Brasil tem especificidades que nos colocam em uma posição de grande oportunidade por termos um sistema público de acesso universal, que é o SUS, para uma população de mais de 200 milhões de habitantes. Então, temos um patrimônio e temos dados dessa população, coisas que outros países que estão mais maduros digitalmente nem sempre têm toda essa riqueza de dados que nós temos.

Em meio às mudanças climáticas, ao cenário atual de crises climáticas, quais são os desafios para a saúde?

Olha, uma coisa que está sendo bastante discutida aqui na COP, sobre mudanças climáticas e saúde, é a importância da resiliência dos sistemas de saúde. Então, hoje, nós temos que estar muito atentos, temos que monitorar as mudanças climáticas, antevendo desastres e situações de emergência, para que os sistemas possam se preparar. Nós temos que mudar a forma de entregar a saúde também, frente aos desafios globais que estão colocados. Então, essa é a importância da saúde estar sendo discutida e da presença do Ministério da Saúde nessa COP 30.

Assuntos Governo
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