Na COP 30, após o Balanço Ético Global: Um Mutirão Ético pela Ação Climática, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima falou com a imprensa e reforçou a urgência de medidas para a redução das emissões de CO2
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, reforçou a urgência de um mapa do caminho para o uso de combustíveis sustentáveis, revertendo o uso de combustíveis fósseis e acelerando a descarbonização dos setores mais desafiadores. “Nós estamos há 30 anos atrasados e agora temos pressa”, afirmou a ministra logo após sua participação no Evento “Balanço Ético Global: um mutirão ético pela ação climática”, nesta terça-feira (18/11), durante a COP 30, em Belém (PA).
“Durante todos esses anos, implementar os esforços para sair da dependência do uso de combustível fóssil e de desmatamento ainda estava à deriva. Pela primeira vez se propõe que se faça um mapa do caminho para sair da dependência do uso de combustível fóssil e de desmatamento”, destacou Marina Silva.
O evento teve como uma das pautas o Relatório do Balanço Ético Global (BEG), destacando as principais recomendações para avançar na implementação do Acordo de Paris, debatendo os caminhos futuros do BEG como uma plataforma permanente de compromisso ético e diálogo multissetorial no âmbito da Convenção do Clima.
O Acordo de Paris é um tratado global, adotado durante a 21ª Conferência das Partes (COP 21), em 2015. Esse acordo rege medidas de redução de emissão de dióxido de carbono a partir de 2020, e tem por objetivos fortalecer a resposta à ameaça da mudança do clima e reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos gerados por essa mudança.
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Contribuições Nacionalmente Determinadas
As NDCs são as metas colocadas pelos países como compromisso para evitar o colapso climático. Elas representam a essência do Acordo de Paris para alcançar os objetivos de longo prazo, de manter o aquecimento global em, no máximo, 1,5ºC em comparação com o período anterior à Revolução Industrial.
O Acordo de Paris foi o primeiro a envolver todos os países-partes da Convenção do Clima. Desde então, foram criadas regras para a apresentação e a acompanhamento da implementação das metas, bem como um fundo para apoiar os países em desenvolvimento a enfrentar as mudanças do clima.
Para a Conferência do Clima de Belém, que vai até o dia 21 de novembro, é esperado que cada país apresente suas NDCs 3.0, que são a terceira rodada das contribuições. E para que as medidas sejam efetivas para conter o aquecimento global, elas precisam ser progressivas e mais ambiciosas do que as NDCs atuais.
“Nós temos metas de zerar emissões até 2050, mas é preciso que se tenha os indicadores de esforços de como vamos alcançar isso para além das NDCs, inclusive promovendo processos de diversificação econômica, criando meios para que todos possam fazer suas transições justas, principalmente pensando naqueles que são mais vulneráveis”, reforçou Marina.