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Governo

‘Garantir comida na mesa para as pessoas deve estar no centro da discussão climática’

20 de outubro de 2025
'Garantir comida na mesa para as pessoas deve estar no centro da discussão climática'
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Diretora do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Luiza Trabuco afirma que COP 30 deve ter compromisso global para enfrentar crise climática junto com o de combate à fome e cita exemplos do esforço do Brasil em construir um marco de referência sobre alimentação e clima

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ReferênciaAcesse aqui a página oficial da COP 30 • E aqui a lista de notícias da COP 30 na Agência GovPlano ClimaAliança GlobalAssista à integra do programa Estúdio COP 30O programa Estúdio COP 30, do Canal Gov, é exibido na TV aberta (canal digital 2.2 em SP e 1.2 demais estados) às segundas e quartas-feiras, às 13h. Traz entrevistas dedicadas a discutir grandes temas e bastidores da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em novembro, em Belém (PA)

Combater a fome no mundo deve estar dentro dos compromissos globais para enfrentar a crise climática durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em novembro, em Belém (PA). Foi o que afirmou a diretora do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Luiza Trabuco.

Não dá para pensar o combate à fome sem pensar em enfrentar a crise climática, da mesma forma que a gente compreende que é fundamental colocar no centro da discussão climática como garantir comida na mesa para as pessoas”, disse Luiza

Durante o programa Estúdio COP 30, transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a diretora explicou que a forma de produção, distribuição e consumo dos alimentos está associada com o cenário de mudanças climáticas.

A mudança climática é um dos fatores da existência da fome no mundo, por conta do impacto na produção de alimentos, e também nos eventos climáticos que têm fragilizado de forma mais importante as populações mais vulneráveis”.

“Quando a gente está falando de populações que vivem em lugares com infraestrutura mais precária, que não têm acesso a um conjunto de instrumentos de proteção social, então essas pessoas são mais afetadas quando acontece um evento extremo climático em que o acesso à água e o acesso aos alimentos fica comprometido, como a gente tem visto aí em situações de enchente, seca, calamidades e emergências”, explicou a diretora.

“Nós estamos vendo no Brasil e no mundo cada vez mais secas prolongadas, secas inclusive em regiões que antes não sofriam com essa questão. A gente tem visto um aumento da frequência e da intensidade de eventos climáticos que tem provocado perdas de safras. A gente tem enchentes que provocam perdas de lavouras inteiras e isso impacta na disponibilidade de alimentos, pressiona a demanda e tem aumentado inclusive o preço em algumas ocasiões. Isso afeta diretamente sobretudo aquelas pessoas que têm menos renda, porque pressiona o seu orçamento na compra de alimentos”.

Em relação à produção, Luiza Trabuco citou as chamadas longas cadeias, que demandam distâncias grandes e recursos para o transporte e armazenamento dos alimentos até chegar à população, sem falar no desperdício.

“Quando a gente está falando desse alongamento das cadeias, dessas distâncias, isso exige uma forma de produção e um tipo de alimento que precisa ser menos perecível, que acaba sendo aditivado um conjunto de produtos químicos para alongar o seu tempo de vida, processos de transporte que são demandados, embalagens. Essa cadeia longa gera muitas perdas e desperdícios de alimentos no transporte e incentiva um tipo de alimento que muitas vezes não é saudável, que são os alimentos ultraprocessados. A indústria passou nas últimas décadas a investir muito em tecnologias, em formas de produzir alimentos que tenham essa vida mais longa para sustentar e suportar esse modelo de cadeia longa de abastecimento, que inclusive não são alimentos saudáveis e não conseguem gerar a nutrição que o nosso corpo precisa. Pelo contrário, provocam muitas doenças, como as doenças crônicas não transmissíveis, hipertensão, obesidade”.

“Hoje no Brasil está estimado em torno de 30% do que é produzido é perdido ou desperdiçado ao longo da cadeia de abastecimento, seja lá na colheita, transporte, como também no consumo diário nas nossas casas. Então é preciso medidas relacionadas a essa forma de se produzir hoje, reduzindo as distâncias também entre produção e consumo, apostando mais nas economias circulares para que a gente possa ter também o aproveitamento máximo dos recursos”, afirmou.

Referência

A diretora afirmou que o Governo do Brasil vem atuando para construir um marco de referência sobre alimentação e clima.

“O Brasil tem mostrado ao mundo que é possível combater a fome e estar atento às mudanças climáticas. O Brasil saiu do Mapa da Fome e também tem reduzido sistematicamente, por exemplo, o desmatamento da Amazônia. A gente tem esse conjunto de políticas que são referência no mundo exatamente porque fizeram um grande feito histórico, que foi tirar o Brasil do Mapa da Fome em um tempo recorde. Em apenas dois anos o Brasil teve uma redução muito significativa de pessoas com fome. A gente tirou mais de 26,5 milhões de pessoas da fome e é com essa autoridade moral que o presidente Lula mobiliza e convoca todo mundo nessa ação global de juntar esforços de quem financia políticas com quem tem experiência e tem instrumentos comprovados para combater a fome, também com essa preocupação em relação às mudanças climáticas”, disse.

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• ‘Direção é ter mais transferências dos países ricos para pagar dívida histórica’
• ‘Legado da COP 30 vai gerar empregos, renda e desenvolver toda a região’, afirma Jader Filho
• Demarcação de terras indígenas é medida eficaz para enfrentar crise climática, afirma ministra


Acesse aqui a página oficial da COP 30 • E aqui a lista de notícias da COP 30 na Agência Gov


Plano Clima

Como exemplo, Luiza Trabuco citou que o Governo do Brasil está finalizando a elaboração do Plano Clima, que vai guiar as ações de enfrentamento às mudanças climáticas no país.

“Para preparar para que os sistemas alimentares sejam mais resilientes e adaptados a esse novo regime climático. A gente precisa adaptar a forma que a gente produz e também reorganizar essa cadeia de abastecimento, para que a gente tenha menos impacto sob efeito desses eventos climáticos que têm sido cada vez mais frequentes”, afirmou.

Aliança Global

Para a diretora, uma das soluções é o investimento em alimentação baseada na produção local, com incentivo à agricultura familiar e agroecologia, citando ações do Governo do Brasil, como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o Programa Cisternas, que são referência para a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, lançada em 2024 durante a presidência brasileira do G20.

“A gente tem um conjunto de políticas públicas no Brasil que compõe a cesta de políticas da Aliança Global contra a Fome, que é referência para que outros países implementem nos seus territórios políticas e ações que vão no sentido de garantir esses circuitos curtos de abastecimento em que aproxima a produção e consumo, onde a alimentação é baseada na produção local, a partir da agricultura familiar e dos povos e comunidades tradicionais, povos indígenas, como é o caso do Programa de Aquisição de Alimentos, que compra os alimentos produzidos pelos agricultores familiares, pelos agricultores locais e povos e comunidades tradicionais, povos indígenas, para abastecer a rede socioassistencial”.

“Assim como também as tecnologias sociais adaptadas ao clima, como é o caso das cisternas no semiárido brasileiro, que é uma tecnologia social de captação de água da chuva, de armazenamento para garantir água para consumo e produção de alimentos. A gente tem também o Bolsa Verde, que é um programa que garante a conservação de unidades ambientais por pessoas que moram nesses territórios: pescadores, extrativistas, quilombolas, indígenas”, afirmou.

Assista à integra do programa Estúdio COP 30

O programa Estúdio COP 30, do Canal Gov, é exibido na TV aberta (canal digital 2.2 em SP e 1.2 demais estados) às segundas e quartas-feiras, às 13h. Traz entrevistas dedicadas a discutir grandes temas e bastidores da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em novembro, em Belém (PA)

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