O ministro da Controladoria-Geral da União, Vinicius Carvalho, falou sobre a iniciativa em entrevista ao Canal Gov, durante a COP 30
A Controladoria-Geral da União (CGU) lançou, nesta terça-feira (11/11), o Plano de Aceleração para Recuperação Pós-Desastre durante a COP 30, em Belém (PA). O plano tem como foco principal fortalecer a capacidade do Brasil de se recuperar de desastres climáticos, com base em três pilares: governança resiliente, infraestrutura sustentável e cooperação técnica.
Quando nós temos desastres, o Estado precisa agir com muita rapidez e com muita eficiência, gerando uma alocação de recursos muito rápida, sem perder a capacidade de evitar desvios, de evitar fraudes, de evitar desperdício. Os órgãos de controle atuam exatamente para conciliar essas duas dimensões”, explicou o ministro da CGU, Vinicius Carvalho, em entrevista ao Canal Gov nesta terça.
A proposta reflete o compromisso do Brasil com a integridade, a transparência e a ação colaborativa diante da crise climática. Inspirado na atuação emergencial da CGU no Rio Grande do Sul em 2024, o plano oferece soluções replicáveis, protocolos claros e mecanismos de participação social, visando uma reconstrução mais segura e inclusiva.
A iniciativa contribui para o esforço global convocado pela Presidência da COP 30, com metas até 2028 para garantir maior resiliência em nível nacional e subnacional.
Assista aqui à entrevista. Ou leia a seguir.
Queria saber como que a Controladoria-Geral da União pode contribuir com as discussões aqui na COP 30, de modo especial aí na questão da transparência e também da transição nas políticas de transição energética.
Olha, a CGU tem muito a contribuir. Em primeiro lugar, porque o Estado precisa se renovar e se organizar para desenvolver políticas públicas que dêem conta desse grande desafio existencial que a gente tem, que é a transição climática. E o Estado, nesse sentido, precisa de órgãos de controle que consigam andar junto com esse processo, trazendo integridade, trazendo transparência, lidando com temas de supervisão dessas políticas para garantir que o dinheiro da população seja bem usado em todo esse processo. Um Estado inovador precisa também de órgãos de controle inovadores que viabilizem que isso aconteça.
Isso que a CGU veio aqui na COP trazer, as suas iniciativas, como ela pretende lidar com esses temas e o que nós estamos fazendo.
Perfeito. E tem também hoje o lançamento do Plano de Aceleração para Recuperação Resiliente Pós-Desastres. Qual é a participação da CGU nesse plano?
Esse é um grande exemplo. Quando nós temos desastres como esse, se nós estivermos no Rio Grande do Sul, o Estado precisa agir com muita rapidez e com muita eficiência, gerando uma alocação de recursos muito rápida, sem perder a capacidade de evitar desvios, de evitar fraudes, de evitar desperdício. Os órgãos de controle atuam exatamente para conciliar essas duas dimensões.
No caso do plano, nós contribuímos com propostas, com sugestões derivadas da nossa experiência no desastre do Rio Grande do Sul para que isso aconteça, para que essa destinação dos recursos se dê da melhor forma possível. Isso prova que o assunto da questão climática mesmo não é só um assunto de ambientalista, de cientista. É para todo mundo, toda a sociedade se envolver.
Sem dúvida alguma, a participação social é muito relevante, por isso a agenda de transparência também entra dentro desse processo, a população precisa ter acesso às informações do que está sendo feito nessa área. A pauta climática é uma pauta transversal, ela tem que entrar em todas as agendas do governo. Não é diferente nessas agendas de controle, de combate à corrupção e de transparência também.