O Ministério de Minas e Energia (MME) participou da mesa redonda “Criando valor a partir de minerais para a transição energética” realizada na quinta-feira (13/11) durante a COP30, em Belém (PA). O encontro reuniu especialistas, autoridades, representantes do setor mineral e instituições multilaterais, promovendo uma discussão aprofundada sobre governança, sustentabilidade, inovação e agregação de valor nas cadeias produtivas essenciais às tecnologias de baixo carbono.
Representando o MME, o coordenador-geral de Minerais Estratégicos e Transição Energética no Setor Mineral, Gustavo Masili, destacou a visão orientadora de longo prazo do Plano Nacional de Mineração 2050 (PNM-2050), que busca consolidar um modelo de mineração sustentável no país, capaz de impulsionar a industrialização verde, ampliar a agregação de valor ao território nacional e fortalecer as cadeias produtivas ligadas à transição energética.
Durante a participação, o MME destacou que o avanço da transição energética em resposta às mudanças climáticas redefine a importância dos minerais estratégicos para o desenvolvimento socioeconômico. O Brasil, pela relevância de suas reservas minerais e pela robustez de sua matriz elétrica majoritariamente renovável, apresenta condições únicas para assumir protagonismo na nova economia verde. Essa posição diferenciada, reconhecida internacionalmente, reforça a oportunidade de transformar potencial geológico em valor agregado, diversificação industrial e desenvolvimento regional.
Ao abordar os desafios do setor, o MME ressaltou a necessidade de ampliar o mapeamento geológico do território nacional, aprimorar a capacidade de produção e processamento mineral, fortalecer a segurança jurídica e consolidar políticas públicas que ofereçam previsibilidade para investimentos de longo prazo. A expansão de instrumentos financeiros, o apoio a empresas juniores, o avanço em pesquisa e inovação, o fortalecimento da infraestrutura e a qualificação profissional foram apontados como elementos essenciais para acelerar a modernização da atividade mineral e ampliar sua contribuição à transição energética.
O debate também reforçou a importância de integrar práticas responsáveis de mineração às agendas ambientais, sociais e de governança, garantindo que o crescimento da oferta de minerais estratégicos ocorra de forma alinhada aos objetivos de desenvolvimento sustentável e às necessidades das comunidades locais. O MME enfatizou que a combinação entre governança sólida, inovação tecnológica, agregação de valor e compromisso socioambiental é o caminho para que o Brasil consolide sua posição nas cadeias globais de baixo carbono.