Ao usar este site, você concorda com a Política de Privacidade e os Termos de Uso.
Accept
O Presidente
Facebook Like
Twitter Follow
Instagram Follow
O PresidenteO Presidente
Pesquisar
  • Principal
Follow US
© Foxiz News Network. Ruby Design Company. All Rights Reserved.
Governo

No Brics, ministro alerta: ‘Não há justiça climática sem justiça urbana e social’

23 de junho de 2025
No Brics, ministro alerta: 'Não há justiça climática sem justiça urbana e social'
Compartilhar

Ministros discutem urbanização sustentável, habitação e financiamento climático durante fórum em Brasília

Tópicos da matéria
Três eixos temáticos para cidades mais justas e resilientes1 – Habitação e agenda urbana: prioridades estratégicas diante da crise climática global2 – Indicadores de Avaliação da Sustentabilidade dos Investimentos Públicos3 – Financiamento da Resiliência Climática Urbana – Infraestruturas e Serviços UrbanosParticipação de países parceiros

“Não há justiça climática sem justiça urbana e social.” Com essa afirmação, o ministro das Cidades do Brasil, Jader Barbalho Filho, abriu o Fórum de Urbanização do Brics, nesta segunda-feira (23/6), no Palácio Itamaraty, em Brasília. Durante o encontro, os ministros reforçaram o compromisso político de avançar em um modelo de governança multinível para o desenvolvimento de cidades mais inclusivas, resilientes e sustentáveis, com foco na redução das desigualdades sociais e dos riscos de desastres.

Na abertura da reunião, o ministro das Cidades do Brasil, Jader Barbalho Filho, destacou a urgência de enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas, pela expansão urbana desordenada e pelo aumento das desigualdades sociais nas cidades.

“Aqui tratamos de uma afirmação política: as cidades precisam ser protagonistas na resposta global à crise climática, à desigualdade social e aos desafios do desenvolvimento sustentável. Permitam-me ser direto: não há justiça climática sem justiça urbana e social”, assegurou o ministro. Ao citar os impactos diretos da crise climática nas cidades brasileiras, especialmente na Amazônia, o ministro Jader Barbalho Filho exemplificou:

“Na Amazônia, por exemplo, as pessoas vivem nas cidades, em áreas urbanas. As inundações, as ondas de calor, o déficit de moradia, o saneamento insuficiente e os riscos de desastres, recaem todos sobre os territórios urbanos onde vivem as populações mais vulneráveis. Por isso, defendemos e estamos construindo no Brasil – e queremos compartilhar com o Brics – uma estratégia de desenvolvimento urbano que coloca as cidades no centro da ação climática. A presidência brasileira do Brics tem buscado dar centralidade à agenda urbana como peça estratégica fundamental para o enfrentamento da crise climática e da desigualdade”, acrescentou.

Três eixos temáticos para cidades mais justas e resilientes

Ao longo do dia, os ministros e representantes dos países-membros e parceiros do Brics participaram de três sessões temáticas que abordaram os principais desafios urbanos enfrentados pelas nações do grupo.

1 – Habitação e agenda urbana: prioridades estratégicas diante da crise climática global

O primeiro painel abordou experiências e estratégias para ampliar as políticas de produção de habitação social, com foco na redução de desigualdades e vulnerabilidades urbanas. Os participantes debateram formas alternativas de provisão habitacional, mecanismos para mobilização de recursos públicos, promoção de parcerias público-privadas e a modelagem de programas de financiamento para melhorias habitacionais.

2 – Indicadores de Avaliação da Sustentabilidade dos Investimentos Públicos

O segundo painel teve como foco o desenvolvimento de indicadores para avaliar o grau de sustentabilidade dos investimentos públicos em cidades, alinhando-os à Agenda 2030, ao Acordo de Paris, ao Marco de Sendai e à Nova Agenda Urbana. A discussão buscou identificar os principais desafios e oportunidades para fortalecer a mobilização de recursos destinados ao desenvolvimento urbano sustentável e à resiliência climática.

3 – Financiamento da Resiliência Climática Urbana – Infraestruturas e Serviços Urbanos

O terceiro painel expôs soluções para ampliar a infraestrutura e os serviços urbanos resilientes ao clima nos países do Brics, com atenção especial às comunidades vulneráveis. Foram abordados modelos inovadores de financiamento e governança, com foco na combinação de recursos públicos e privados para ampliar a inclusão e a sustentabilidade nas cidades.

Participação de países parceiros

A reunião contou com a participação de países-membros oficiais do Brics — Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia e Indonésia (que passou a integrar o grupo em janeiro de 2025), além dos países parceiros Cuba, Bolívia e Nigéria, que atualmente têm o status de nações convidadas para cooperação ampliada com o agrupamento.

Presidente do instituto Nacional de Ordenamento Territorial e Urbano de Cuba (Inotu), Raul Omar Acosta Gregorich, mencionou a importância da participação cubana no fórum. “Para nós, ser país parceiro do Brics é, em primeiro lugar, uma honra, pelo que o Brics representa para a economia mundial e para o desenvolvimento econômico de todos os seus países membros. Em segundo lugar, é importante porque nos permite cooperar e interagir com todas as nações que compõem o grupo, especialmente em um tema tão estratégico como o desenvolvimento urbano”, afirmou Gregorich.

Ele ressaltou ainda a experiência de Cuba na área de urbanismo e habitação, apesar das dificuldades enfrentadas pelo país. “Temos muitas necessidades de desenvolvimento, mas também acumulamos experiência e temos uma equipe muito profissional. Já cooperamos com mais de 30 países da América Latina, da África e da Ásia. Estamos dispostos a compartilhar nossa experiência e também aprender com os demais países do Brics”, disse.

Entre as principais prioridades cubanas dentro da urbanização, Raul indicou a habitação, especialmente a necessidade de enfrentar o déficit habitacional. “Temos um déficit de mais de meio milhão de moradias. Estamos desenvolvendo um programa de intervenção em bairros precários para eliminar a precariedade habitacional. Embora tenhamos o menor índice de precariedade urbana da América Latina, com 5,7%, buscamos atingir a meta da ONU de reduzir esse índice para 3% até 2030.”

Gregorich finalizou pontuando a importância da cooperação internacional. “Acredito que os países do Sul têm uma fortaleza: muita experiência acumulada. Se unirmos nossos esforços e cooperarmos, podemos alcançar grandes resultados. Essa é a importância que damos à nossa participação como país parceiro do Brics.”

Assuntos Governo
Compartilhar este artigo
Facebook Twitter Email Copy Link Print

Você pode gostar também

Governo Federal fortalece a reparação territorial e os direitos de povos e comunidades tradicionais
Governo

Governo Federal fortalece a reparação territorial e os direitos de povos e comunidades tradicionais

20 de novembro de 2025
Conheça ações que reforçam o compromisso do Governo do Brasil com a promoção da igualdade racial
Governo

Conheça ações que reforçam o compromisso do Governo do Brasil com a promoção da igualdade racial

20 de novembro de 2025
Lula defende redução de emissões de gases de efeito estufa e exalta participação social na COP 30
Governo

Lula defende redução de emissões de gases de efeito estufa e exalta participação social na COP 30

19 de novembro de 2025
Água, dignidade e consciência: R$ 2 mi do Programa Água Doce chegam a quase 9,5 mil quilombolas
Governo

Água, dignidade e consciência: R$ 2 mi do Programa Água Doce chegam a quase 9,5 mil quilombolas

19 de novembro de 2025
Fundo Amazônia: com retomada do compromisso social e ambiental do Brasil, recursos voltaram
Governo

Fundo Amazônia: com retomada do compromisso social e ambiental do Brasil, recursos voltaram

19 de novembro de 2025
Cadastro biométrico passa a ser obrigatório para novos pedidos de benefícios no INSS
Governo

Cadastro biométrico passa a ser obrigatório para novos pedidos de benefícios no INSS

19 de novembro de 2025
Inovação e soluções climáticas feitas por mulheres são destaque na COP 30
Governo

Inovação e soluções climáticas feitas por mulheres são destaque na COP 30

19 de novembro de 2025
Governo divulga prazos para adoção gradual do cadastro biométrico de usuários de benefícios sociais
Governo

Governo divulga prazos para adoção gradual do cadastro biométrico de usuários de benefícios sociais

19 de novembro de 2025
Pequenos negócios são parte das respostas para uma transição climática justa, diz Vinicius Lages
Governo

Pequenos negócios são parte das respostas para uma transição climática justa, diz Vinicius Lages

19 de novembro de 2025
Alckmin reúne empresas espanholas para tratar da Cúpula Brasil-Espanha
Governo

Alckmin reúne empresas espanholas para tratar da Cúpula Brasil-Espanha

19 de novembro de 2025
Inação ambiental pode custar até 33% do PIB de países amazônicos, diz estudo inédito
Governo

Inação ambiental pode custar até 33% do PIB de países amazônicos, diz estudo inédito

19 de novembro de 2025
Sem protagonismo das comunidades, defesa do planeta não se sustenta, diz ICMBio
Governo

Sem protagonismo das comunidades, defesa do planeta não se sustenta, diz ICMBio

19 de novembro de 2025
O PresidenteO Presidente