Foram selecionados 124 projetos, sendo 25% deles reservados para propostas de IES públicas da Amazônia Legal
As atividades do Programa Nacional de Apoio à Permanência, Diversidade e Visibilidade de Estudantes na Área da Saúde (AfirmaSUS) foram iniciadas nesta terça-feira (18), em Salvador, capital mais negra do país fora da África. A iniciativa visa promover ações integradas que aproximem os serviços de saúde dos territórios, com foco na valorização dos saberes locais e na oferta de cuidados resolutivos e humanizados a populações socialmente vulnerabilizadas.
O processo seletivo escolheu 124 projetos, dos quais 25% foram reservados para propostas de Instituições de Ensino Superior (IES) públicas da Amazônia Legal, como forma de demarcar estrategicamente a região por sua diversidade sociocultural e seus desafios específicos.
“O AfirmaSUS possibilita que as distintas realidades dos territórios sejam respeitadas e atendidas. A partir daí, promove o enfrentamento das iniquidades e assimetrias com abordagem interseccional no SUS. Além disso, contribui para a educação em saúde de maneira crítica e inclusiva, ao considerar a diversidade em uma perspectiva interseccional e intercultural”, aponta o secretário da SGTES, Felipe Proenço.
A escolha da cidade de Salvador e do mês de novembro reforça o compromisso do Ministério da Saúde — por meio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) — com as populações que enfrentam barreiras de acesso, violências institucionais e práticas discriminatórias nos serviços de saúde. Esses fatores produzem assimetrias sociais expressas em indicadores como baixa cobertura vacinal, alta mortalidade materno-infantil, maior prevalência de doenças crônicas e restrito acesso à atenção integral à saúde.
– Saiba mais sobre o programa AfirmaSUS aqui
– Acesso o hotsite com a programação do Novembro Negro
Por Nádia Conceição/Ministério da Saúde