O Cadastro Único é a porta de entrada para que pessoas em situação de vulnerabilidade tenham acesso aos programas sociais oferecidos pelo Governo do Brasil. Ele também traça um mapa das famílias em situação de pobreza e baixa renda no país. Atualmente, estão inscritas mais de 41,6 milhões de famílias, ou 95 milhões de pessoas, em todo o território nacional.
Por meio da Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (Sagicad), o MDS lançou em 2025, um novo sistema para o CadÚnico. A última atualização havia sido em 2010. Os gestores passaram a trabalhar com um portal integrado de dados, com plataformas de capacitação e relatórios de análise de riscos, com alerta de fraudes.
A iniciativa facilitou o dia a dia de quem faz o cadastramento e do cidadão beneficiário dos programas sociais nos cerca de 9,5 mil postos espalhados pelo país. “Em março, depois de dois anos de muito trabalho e preparação, o governo lançou a nova plataforma do Cadastro Único. Essa plataforma é interoperável e integrada com outras bases de dados do governo”, explicou o secretário de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único, Rafael Osório.
Com a modernização, quando o operador do Sistema de Cadastro Único preenche o campo com o Cadastro de Pessoa Física (CPF) do beneficiário são processadas automaticamente informações de diferentes bases do Governo do Brasil, como a de óbitos e nascimentos, Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), Receita Federal, Previdência Social, entre outros.
“A plataforma permite que a gente faça de uma forma muito mais ágil os processos que antes demoravam muito tempo para serem feitos. As entrevistas do cadastro estão mais curtas, mais rápidas e mais ágeis, graças ao novo sistema”, prosseguiu Rafael Osório.
O CPF passou a ser a chave única de acesso, com possibilidade de integração com a nova Carteira de Identidade Nacional e outras bases biométricas nacionais. “O sistema também é mais seguro no sentido de proteger as informações do cidadão, e agora, nesse novo sistema, nós estamos usando o melhor da inteligência artificial, das técnicas de aprendizado de máquina, para detectar comportamentos atípicos e possíveis irregularidades antes que elas se transformem em fraudes”, explicou o secretário.
O sistema também funciona de forma offline, garantindo o preenchimento de dados em áreas sem internet, o que facilita a busca ativa. Quando volta para a unidade de trabalho, o entrevistador social transfere os dados para o novo sistema, ao invés de transcrever as respostas do formulário de papel.