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Governo

‘Países ricos têm de cumprir seu papel. Nós já entregamos mais do que pactuamos’

13 de novembro de 2025
‘Países ricos têm de cumprir seu papel. Nós já entregamos mais do que pactuamos’
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Ministro Waldez Góes explica Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, relata como o Governo do Brasil atuou antes e depois do tornado no Paraná e exalta atuação do País ante os compromissos climáticos – nos quais os ricos estão devendo

O Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil foi uma das iniciativas lançadas durante a COP 30. O documento define estratégias e metas para o gerenciamento integrado e coordenado entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios e vai funcionar como principal instrumento de gestão de riscos de desastres no Brasil.

Para explicar a importância e o funcionamento dessa estratégia, o ministro do Desenvolvimento e da Integração Regional, Waldez Góes, conversou com a repórter Gabriella Noronha, do Canal Gov. “A política pública se propõe a articular melhor os atores públicos e privados e sociais, tanto para a preparação quanto para responder aos desastres”, diz Góes.

O ministro detalha ainda como o Governo do Brasil se mobilizou antes de depois de o Sul do País ser atingido por mais uma tragédia climática – o tornado no interior do Paraná.

Em dois dias já disponibilizamos R$ 25 milhões. Nós não sabemos qual vai ser o valor necessário. Todos os dias teremos planos aprovados e recursos anunciados. É recomendação do presidente Lula apoiar na reconstrução de Rio Bonito no que for necessário.”

Leia a seguir os principais trechos. Clique aqui para assistir


Acesse aqui a página oficial da COP 30 • E aqui a lista de notícias da COP 30 na Agência Gov


Ministro, fala pra gente sobre o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil. Vamos começar explicando o que é essa iniciativa, como vai funcionar, que foi lançada aqui na COP 30.

O Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, além de cumprir o Instituto Legal da Lei de 2011, que instituiu a política pública no Brasil, vai proporcionar a criação de uma nova cultura de lidar com risco e com o desastre. Porque nós temos cinco eixos muito bem estruturados.

O primeiro foi construído com a participação de todos os estados, da sociedade civil, da academia, enfim, dos gestores de política de proteção e defesa civil e estruturamos cinco eixos importantes. O eixo da prevenção, e aí está o presidente Lula recriando o Ministério das Cidades, que cumpre majoritariamente esta política pública.

– O eixo da mitigação, você tem situações mapeadas no Brasil com muitas possibilidades de acontecer problemas, que estão em alto risco, médio risco. Então, como mitigar a situação de moradia, de estabelecimentos, de patrimônio público, que uma vez ocorrendo um desastre possa ter comprometido a vida de pessoas ou obras públicas.

– O eixo da preparação, em que a gente enxerga que o desastre vai acontecer, vai acontecer um tornado, vai acontecer uma enchente, uma seca. Como preparar a comunidade para lidar com aquilo.

– Depois, a resposta em si, atender a comunidade que sofreu as consequências daquele desastre.

– E depois, se houve algum dano ao patrimônio público, uma escola foi destruída, uma rua, uma ponte, enfim, equipamentos, como nós vimos no Rio Grande do Sul, vem a etapa da reconstrução.

Então, o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil definitivamente institui todo um planejamento, enquanto sistema federal, estadual e municipal, e também a visão de mobilização da sociedade, de quem empreende, para prevenir, mitigar, se preparar para o risco, atuar no pós-desastre para assistir as pessoas e depois para recuperar o estrago que pode ter sido causado. Como aconteceu o tornado lá no Paraná, por exemplo.

Ministro, a gente tem visto acontecer com cada vez mais frequência esses desastres climáticos. Nesse sentido, é fundamental esse trabalho conjunto.

Nós estamos modernizando por demais a política pública, porque nós vivemos em um país de dimensão continental. Estão mais frequentes, mais intensos os eventos, por falta ou por excesso de água, e isso exige uma sinergia maior entre os entes federados, governo federal, estado e municípios. E também com o voluntariado, com os empreendedores, pois o Brasil tem muito disso, acontece um incidente, as pessoas são de um voluntariado muito grande, empreendedores e sociedade, e é preciso coordenação.

Então, pensar de forma mais regionalizada o emprego dos recursos, sejam orçamentários, financeiros, materiais, equipamentos, tecnológicos, é fundamental. E isso é o que a política pública se propõe, articular melhor os atores públicos e privados e sociais, tanto para a preparação quanto para a resposta a desastres.”

Ministro, o acesso a água potável também é um problema em várias regiões, não só do Brasil, mas no mundo, e aqui na COP 30 também estão sendo lançados planos de ação relacionados a esse assunto, o que a gente pode falar sobre essa assunto?

Nós temos dois planos importantes que foram lançados aqui, aliás, quatro, mas dois mais relacionados com a questão da água. Um, que é o plano de gestão de recursos hídricos, onde a gente organiza melhor toda a sinergia com os comitês de bacias, com as bacias, com a recuperação de áreas degradadas e bacias e matas ciliares. Então tem toda uma visão estratégica, responsável e, lógico, articulada. Este plano é muito importante.

O outro, de aceleração de resposta na construção de resiliência pós-desastre. Esse, inclusive, é em parceria com a CGU (Controladoria-Geral da União), porque nós precisamos manter, sobretudo, a velocidade, mas não podemos sair da transparência e da rastreabilidade dos recursos públicos. São muitos recursos envolvidos, então é necessária uma pactuação muito clara sobre isso. A CGU nos auxiliou muito nesse sentido.

E o outro, o acesso à água, às comunidades tradicionais, ribeirinhas, quilombolas. Esse plano é muito importante, porque ele pretende valorizar melhor o uso da água, o monitoramento desse recurso, o controle, a qualidade. Isso vem utilizando as mais distintas tecnologias sociais. Até o uso da água da chuva. É um plano que já está em funcionamento e que a gente até disponibiliza, para América do Sul e Caribe.

A respeito da revitalização das bacias hidrográficas, foi anunciado em um conjunto integrado de investimentos que totalizam 350 milhões. É isso mesmo?

Sim. Nós aprovamos todos esses projetos agora nas semanas que antecederam a COP. São US$ 350 milhões, ou quase R$ 2 bilhões, voltados à bacia dos rios São Francisco e Parnaíba. O objetivo é trabalhar vários projetos que já estão sendo licitados. Alguns já estão em execução.

Então, isso demonstra também o compromisso da gente com as nascentes, com as matas ciliares, com a questão sanitária, para evitar que os resíduos sólidos sejam devolvidos a esses cursos de rios, muito especialmente São Francisco, Parnaíba, Amazonas, Tocantins, mas com destaque também para os seus afluentes. 

Esse plano já foi uma entrega da COP, porque também não é uma promessa. É uma implantação da política pública.”

E falando sobre políticas públicas em prática, já se deu início ao plano de trabalho de reconstrução lá em Rio Bonito, no Paraná, que o senhor já citou aqui, que foi a cidade mais atingida pelo tornado? Como estão esses trabalhos de reconstrução? Como que o Governo do Brasil está agindo?

O governo do presidente Lula e nós, secretários, ministros, temos já uma sinergia muito forte, porque já enfrentamos muitas situações no Rio Grande do Sul, no Pantanal, no litoral paulista, na Amazônia, no Nordeste. Tem uma sinergia grande. A gente tem sempre sala de situação, às vezes coordenada por mim.

Quando a situação é muito grave, sobe e vai para a Casa Civil, ao lado do presidente Lula, toda a sala de situação sendo coordenada pelo ministro Rui Costa. Nesse caso, auxiliado muito fortemente pela ministra Gleisi (Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, que é paranaense), porque agora aconteceu no Paraná.

Três dias antes já estávamos reunindo com as defesas civis do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No dia do evento, que foi sexta-feira (7/11), eu e Gleisi falamos com todas as autoridades locais. Sábado, a ministra Gleisi já foi para a região do Rio Bonito do Iguaçu, com quatro ministérios, já com a Força Nacional do SUS, com a Força Nacional do Suas (Assistência Social), com Caixa Econômica.

No domingo, visitei a área atingida tanto na cidade quanto no interior, as áreas de assentamento, e levamos técnicos que já trabalharam planos no primeiro dia pós-desastre. Eu saí no domingo de lá, anunciando R$ 15 milhões para a reconstrução da escola municipal. E, no segundo dia, já aprovamos mais R$ 10 milhões para a reconstrução de outros equipamentos.

Provavelmente, hoje (12) eu já devo aprovar novos planos de reconstrução. Eu reuni com a Defesa Civil municipal, estadual e a Federal. Ficou orientado que tem de ser um trabalho de três mãos, os planos feitos de comum acordo, com base na legislação e na rapidez, para que pudéssemos aprovar com diligências rápidas, aliás, sem diligências, de forma sumária, e já disponibilizando os recursos para o município. Então, na reconstrução do Rio Bonito do Iguaçu, em dois dias, nós já disponibilizamos R$ 25 milhões.

Nós não sabemos qual vai ser o valor necessário. Todos os dias teremos os planos aprovados e os recursos disponibilizados. Mas o que for necessário é a recomendação do presidente Lula, o governo do presidente e do Brasil apoiar na reconstrução de Rio Bonito.

E o senhor acha que um evento como a COP 30, aqui no Brasil, no coração da Amazônia, pode chamar a atenção realmente do mundo para investir mais em ações de prevenção a desastres decorrentes de tragédias climáticas?

Não tenho a menor dúvida. Eu sou amazônida, nascido, formado, educado na margem dos rios, e eu sei o quanto o presidente Lula está certo quando ele afirma que é inegociável a soberania da Amazônia e do Brasil.

E no meu caso, que sou do Amapá, eu incluo também o Amapá. É inegociável a soberania do Amapá, da Amazônia e do Brasil. E por que é inegociável? Porque o Brasil, o Amapá e a Amazônia, em todos os anos consecutivos, pós-COP, entrega mais de compromisso ambiental do que fica consignado.

O que precisa são os países ricos, os super-ricos, fazerem o seu papel. Nós não vamos aceitar que a comunidade internacional cobre do Brasil aquilo que não tem cumprido. O Brasil continua de cabeça erguida para cumprir os seus compromissos.”

Assim, nós continuamos dando a nossa contribuição para todo o universo. Então é hora de reafirmar a soberania da Amazônia, do Amapá, do Brasil, de dizer que é inegociável esta soberania, que nós estamos cumprindo rigorosamente todos os nossos compromissos ambientais e que nós temos o direito de continuar fazendo a nossa transição energética, de verticalizar nossas vocações, de agregar valor nessas vocações para gerar emprego e renda para o nosso povo.

Assuntos Governo
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