Zonas Azul e Verde são espaços do governo federal, coordenados pelo MMA, para serem locais de convergência da comunidade brasileira e internacional durante a conferência, em Belém
Os pavilhões Brasil nas Zonas Azul e Verde da COP 30 estão abertos ao público desde segunda-feira (10/11) em Belém (PA). Os espaços sediarão, ao todo, 286 painéis – 144 na Zona Azul e 142 da Zona Verde – voltados à apresentação e discussão sobre ações de enfrentamento à mudança do clima no Brasil, com a participação de representantes de governos, setor privado, academia, sociedade civil e movimentos sociais. A programação segue até 21 de novembro.
Esses pavilhões são espaços de convergência da comunidade brasileira e internacional, promovidos pelo Governo do Brasil, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Nos locais, ocorrerão discussões sobre os 30 objetivos estratégicos da Agenda de Ação Climática, a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) e o Plano Clima – instrumentos centrais da estratégia nacional de combate à crise climática.
No pavilhão da Zona Azul serão realizadas as negociações climáticas. A inauguração contou com a presença de autoridades, como: as ministras do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara; a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior; o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues; o presidente da COP30, André Corrêa do Lago.
Marina Silva destacou que o pavilhão da Zona Azul funcionará como um “parlamento” da conferência, aberto à ampla participação da sociedade. “Esse espaço vai ser o nosso Parlacop, nosso parlamento. Vamos ter debates das mais variadas questões e temas dos mais diversos setores da sociedade. Eles são uma espécie de fonte que retroalimenta o processo da negociação. Muitas coisas que serão debatidas aqui vão fortalecer a agenda de negociação no que diz respeito a financiamento, adaptação, mitigação e o enfrentamento da emergência climática”, pontuou.
Sonia Guajajara destacou o protagonismo das mulheres, jovens, povos indígenas, agricultores familiares e moradores das periferias urbanas para o enfrentamento à mudança do clima. Ela lembrou que, pela primeira vez, uma COP tem a participação de mais de 400 indígenas. “Construímos a nossa própria aldeia, que estamos chamando de coração da COP, porque ali estão os maiores guardiões, as maiores guardiãs da vida. É o que está garantido que tenhamos ainda a maior área de floresta em pé, de biodiversidade viva e de cultura diversa”, afirmou.
O presidente da COP 30, embaixador André Corrêa do Lago, ressaltou o caráter simbólico e estratégico de sediar o evento na Amazônia. “É uma oportunidade única para o mundo entender a complexidade e o papel do Brasil nas soluções climáticas”, disse. Ele enfatizou que a conferência busca aproximar as agendas de clima, biodiversidade e desenvolvimento sustentável. “Precisamos trazer o clima para o centro das decisões econômicas e sociais”, completou.
Zona Verde
Na inauguração do pavilhão da Zona Verde, espaço que busca aproximar a sociedade local das negociações climáticas, a governança do Plano Clima brasileiro foi o destaque ( leia mais aqui ). A iniciativa, que servirá como o guia das ações de enfrentamento à mudança do clima no país até 2035, está em fase final de validação e é elaborada de forma participativa há dois anos. Será, ainda, o caminho para implementar as metas de adaptação e mitigação contidas na nova NDC, a meta brasileira de redução de gases de efeito estufa para 2035.
A atividade teve como foco a estrutura da iniciativa, que envolve três câmaras técnicas de assessoramento ligadas diretamente ao Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), órgão presidido pela Casa Civil e que tem o MMA na secretaria-executiva. O Pavilhão Brasil é o maior auditório da Zona Verde, a área da COP30 aberta ao público e sem restrições de circulação.
Por Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima