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Plano de Transformação Ecológica pode gerar 2 milhões de empregos e reduzir emissões

14 de agosto de 2025
Plano de Transformação Ecológica  pode gerar 2 milhões de empregos e reduzir emissões
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O estudo Impactos do Plano de Transformação Ecológica foi apresentado, na terça-feira (12/8), no auditório do Tesouro Nacional, em Brasília. Inédita, a pesquisa foi desenvolvida em parceria entre o Ministério da Fazenda, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e a Parceria para Ação em Economia Verde (Page, na sigla em inglês), com implementação técnica do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE-UFRJ).

Tópicos da matéria
Principais resultados do estudo Seis pilares para transformar a economia Parceria para Ação em Economia Verde (Page) Sobre o Pnuma

O documento indica que a implementação do Novo Brasil, Plano de Transformação Ecológica (PTE), pode impulsionar o crescimento do PIB brasileiro, criar cerca de 2 milhões de empregos até 2035 e acelerar a trajetória de descarbonização da economia brasileira.

A análise, realizada com base em um modelo macroeconômico dinâmico e multissetorial, avaliou os impactos de políticas públicas voltadas para uma economia verde em diferentes cenários. Foram estudadas políticas dos seis eixos do Novo Brasil, com destaque para biocombustíveis; agricultura sustentável; investimentos em máquinas e equipamentos; e infraestrutura.

O estudo mostra que as políticas do Novo Brasil são essenciais para que o país cumpra as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e alcance a neutralidade das emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050.

Os resultados da modelagem evidenciam ainda que são cruciais as políticas específicas para segmentos de difícil descarbonização ( hard-to-abate ), como o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE) e, para a agricultura sustentável, que se aumente a produtividade da terra e se contenha o desmatamento.

Os resultados também demonstram que, no caso brasileiro, não há contraposição entre crescimento econômico e políticas climáticas. Pelo contrário, há uma oportunidade concreta para fortalecer a competitividade do país, atrair investimentos e promover um desenvolvimento inclusivo, com geração de empregos, elevação da renda per capita e melhoria da preservação da biodiversidade e da qualidade de vida da população.

Segundo o secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, o programa é reflexo de um governo que enxerga a sustentabilidade como elemento central do projeto de desenvolvimento.

“Enquanto muitos países encaram a transição para um novo paradigma econômico como um custo para a sociedade, o Brasil, pelas suas condições geográficas, institucionais, históricas e pelas capacidades científicas já desenvolvidas, vê essa agenda como uma oportunidade”, declarou.

Para o secretário de Política Econômica do ministério, Guilherme Mello, o Plano de Transformação Ecológica é um dos pilares da estratégia de desenvolvimento do país:

Como um dos pilares da nossa estratégia, precisamos definir como ele vai se traduzir em impactos na economia real. Não pode ficar apenas como uma boa ideia, com boas intenções. Ele precisa, de fato, se transformar em investimento, emprego e inovação”, avaliou Guilherme Mello.

“Muita gente questiona essa agenda, e alguns a veem como um modismo. Na realidade, ela é, e quem vive o mundo empresarial ou o mercado financeiro sabe disso, a vida concreta de milhares de pessoas e profissionais”, concluiu

De acordo com a subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Secretaria de Política Econômica (SPE), Cristina Reis, o estudo comprova, com base em um método rigoroso de análise, o potencial que a transformação ecológica pode oferecer ao Brasil do curto ao longo prazo.

Desde o lançamento do programa, em 2023, a principal dúvida era sobre os impactos no PIB, nos empregos e sobre como as políticas públicas do PTE poderiam mudar a economia: “Isso sempre foi o que almejamos para a transformação ecológica, mas era necessário verificar, por meio de modelos robustos, se esses resultados seriam confirmados pelas políticas e instrumentos previstos”, completou, comemorando a publicação do estudo.

Acesse a íntegra do estudo Impactos do Plano de Transformação Ecológica

Principais resultados do estudo

  • Crescimento do PIB pode aumentar, em média, 0,8 ponto percentual ao ano até 2035.
  • Renda per capita pode subir mais de 4 pontos percentuais até 2050.
  • Geração de até 2 milhões de novos empregos em diversos setores da economia.
  • Queda nas emissões de GEE, segundo o modelo, com possibilidade de neutralidade até 2050.
  • Melhoria de até 7,1 pontos percentuais no índice de qualidade do habitat e preservação da biodiversidade.
  • Não agrava a desigualdade de renda e pode reduzi-la em alguns cenários simulados.

Seis pilares para transformar a economia

O Novo Brasil está estruturado em seis eixos principais:

  • Finanças Sustentáveis;
  • Adensamento Tecnológico;
  • Bioeconomia e Sistemas Agroalimentares;
  • Transição Energética; Economia Circular e Nova Infraestrutura Verde; e
  • Adaptação.

O estudo mostra que políticas robustas nesses pilares são capazes de induzir mudanças estruturais positivas, acelerar o crescimento econômico e a descarbonização da economia brasileira.

“A modelagem reforça que a transformação ecológica é um caminho essencial para o Brasil atingir suas metas no Acordo de Paris e avançar no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com benefícios concretos para a economia, o meio ambiente e a sociedade”, destacou a representante interina do Pnuma no Brasil, Beatriz Martins Carneiro.

Para o professor da UFRJ e coordenador do projeto, Ítalo Pedrosa, a pesquisa se destaca por considerar as peculiaridades das emissões brasileiras, em que o desmatamento e as atividades agropecuárias são os principais contribuintes, diferentemente do padrão global focado em energia.

Para analisar os impactos desse plano até 2050, a equipe desenvolveu um modelo dinâmico de insumo-produto com módulos auxiliares que cobrem diversas fontes de emissão, permitindo uma análise abrangente dos setores e da interconexão econômica.

“Foi um trabalho bastante desafiador. Só foi possível com base em pesquisas que a gente vem executando na UFRJ há muito tempo. Então, a gente desenvolveu um modelo que é feito para analisar o plano de transformação ecológica, mas ele só foi possível com

Parceria para Ação em Economia Verde (Page)

A Parceria das Nações Unidas para Ação na Economia Verde (Page) é uma iniciativa das Nações Unidas que apoia países na transição para economias mais sustentáveis, inclusivas e de baixo carbono. O programa reúne a experiência e as redes de cinco agências da ONU incluindo Pnuma, OIT, Onudi, Pnud e Unitar, para ajudar governos a integrar a sustentabilidade nas políticas econômicas e nos planos de desenvolvimento. O apoio inclui capacitação, assistência técnica e análise de políticas para criar empregos verdes, promover a economia circular, fortalecer as finanças sustentáveis e garantir uma transição justa para todos.

Sobre o Pnuma

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) é a principal autoridade mundial em meio ambiente. O Pnuma trabalha globalmente para enfrentar a tripla crise planetária – mudança climática, perda da natureza e poluição – apoiando as nações na construção de economias de baixo carbono, positivas para a natureza e eficientes em termos de recursos.


Confira entrevista coletiva realizada na terça-feira (12/8)

Assuntos Governo
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