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Preços para a indústria caem 1,29% em maio, quarta redução seguida

4 de julho de 2025
Preços para a indústria caem 1,29% em maio, quarta redução seguida
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Os preços da indústria nacional registraram queda de 1,29% em maio frente a abril (-0,12%), quarta taxa negativa consecutiva após uma série de 12 resultados positivos em sequência, entre fevereiro de 2024 e janeiro de 2025. O resultado de maio representa a variação mais intensa de 2025, e o maior recuo desde junho de 2023 (-2,72%). O Índice de Preços ao Produtor (IPP), assim, apresentou alta de 5,78% em 12 meses e o acumulado no ano ficou em -1,97%, segunda maior retração acumulada nos cinco primeiros meses do ano na série histórica da pesquisa, atrás apenas de maio de 2023 (-3,84%). Em maio de 2024, a variação mensal foi de 0,36%.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas.

Em maio de 2025, 17 das 24 atividades industriais pesquisadas apresentaram variações negativas de preço quando comparadas ao mês anterior, acompanhando a variação do índice na indústria geral. Em abril deste ano, oito atividades haviam apresentado menores preços médios em relação a março. Os dados foram divulgados hoje (4) pelo IBGE.

“O IPP em maio mostrou uma tendência de queda espalhada por boa parte da indústria. Dois pontos principais ajudam a explicar esse resultado: o primeiro é a diminuição dos preços de diversas commodities no mês, o que acaba reduzindo o custo de produção em toda a sua cadeia e impacta os preços em vários setores. O segundo é a nova queda do dólar frente ao real, que em maio foi de 2,0%, acumulando recuo de 7,1% em 2025, o que também acaba reduzindo os custos em alguns setores e diminui, de forma direta, o preço daqueles produtos que são comercializados em dólar. Isso também ajuda a explicar os resultados negativos dos últimos meses”, destaca Murilo Alvim, gerente do IPP.

Leia também:
• Alimentos e combustíveis recuam, e prévia da inflação confirma trajetória de queda
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As atividades industriais responsáveis pelas maiores influências no resultado de maio foram alimentos (0,34 p.p.), refino de petróleo e biocombustíveis (-0,28 p.p.), outros produtos químicos (-0,26 p.p.) e metalurgia (-0,23 p.p.).

Em termos de variação, impressão (4,36%), metalurgia (-3,46%), outros produtos químicos (-3,11%) e indústrias extrativas (-3,03%) foram os destaques em maio.

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Inflação para o produtor vem cedendo a partir de dezembro do ano passado

O setor de alimentos (-1,33%) voltou a mostrar variação negativa, depois de avançar 1,52% na passagem de março para abril (único resultado positivo em 2025). Dessa forma, o acumulado no ano está em -2,81%. Em maio de 2025, os preços estavam 10,99% mais altos do que os de maio de 2024, o menor resultado desde outubro de 2024 (10,81%). O resultado de maio deste ano, no acumulado em 12 meses, significou a terceira maior variação registrada dentre os 24 setores industriais analisados. Nesse mesmo universo, a variação de alimentos foi a primeira colocada no ranking de maiores influências na variação mensal (-0,34 p.p.), no acumulado no ano (-0,72 p.p.) e no acumulado em 12 meses (2,67 p.p.).

“O resultado de alimentos foi puxado para baixo por conta da redução dos preços de commodities como a cana de açúcar e a soja, ambas em período de safra, o que aumenta a oferta desses produtos. Com redução dos custos pelo menor valor da cana, os preços dos açúcares caíram, em especial o açúcar VHP, que é um produto exportável e foi impactado pela queda do dólar, fazendo com que o grupo de fabricação e refino de açúcar tivesse uma queda de 4,68% no mês. Os derivados da soja também reduziram seus preços em maio, provocando o recuo do grupo de fabricação de óleos e gorduras vegetais (-3,05%) no mês”, explica Murilo.

De abril para maio de 2025, refino de petróleo e biocombustíveis (-2,77%) teve a segunda maior influência (-0,28 p.p.) no desempenho negativo da indústria, dentre todas as atividades pesquisadas. Trata-se do terceiro mês seguido em queda, apesar de menor intensidade na comparação com abril (-3,38%). Já o acumulado em 12 meses (0,68%), apesar de positivo, foi o menor desde dezembro de 2024 (1,47%), quando houve a primeira taxa positiva depois de três negativas entre setembro e novembro. O resultado de maio colocou o setor, dentre os 24 observados pelo IPP, com a segunda influência mais intensa no indicador mensal (-0,28 p.p. em -1,29%), e a quarta no acumulado no ano (-0,30 p.p. em -1,97%).

Segmento com o terceiro maior peso no cálculo do IPP, outros produtos químicos (-3,11%) intensificou a perda de ritmo verificada em abril (-0,61%). Foi a segunda maior variação negativa em maio, dentre todos os setores pesquisados, contribuindo com -0,26 p.p. da taxa de -1,29% da indústria geral. Nos indicadores acumulados no ano (0,34%) e nos últimos 12 meses (9,36%), porém, as taxas permaneceram positivas.

“Nos casos de refino e biocombustíveis e de outros produtos químicos, o petróleo tem apresentado queda de preços e ajuda explicar alguns resultados, acompanhando a cotação no mercado internacional e impactando toda a sua cadeia. A retração de refino de petróleo e biocombustíveis foi puxada pelos menores preços de alguns derivados do petróleo, com destaque para o óleo diesel, os óleos combustíveis e a nafta. Já no setor químico, grande parte da influência veio de derivados do petróleo, como os petroquímicos, especialmente o propeno não saturado, e as resinas termoplásticas, sobretudo o polipropileno”, observa Murilo.

Pela perspectiva das grandes categorias econômicas, a variação de preços observada na passagem de abril para maio de 2025 repercutiu da seguinte forma: -0,02% de variação em bens de capital (BK); -2,37% em bens intermediários (BI); e 0,00% em bens de consumo (BC), sendo que a variação observada nos bens de consumo duráveis (BCD) foi de 0,35%, ao passo que nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) foi de -0,07%.

Os bens intermediários (-1,29 p.p.) foram os que mais influenciaram o IPP em maio. Segundo o gerente da pesquisa, eles “costumam ser a grande categoria econômica que mais sofre impacto do dólar, pois muitos preços de commodities , a maioria bens intermediários, são cotados em dólar nas bolsas internacionais e têm sido impactados pela queda recente do câmbio”.

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