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Governo

‘Superando a pobreza enfrentamos as mudanças climáticas’, diz Wellington Dias

11 de novembro de 2025
'Superando a pobreza enfrentamos as mudanças climáticas', diz Wellington Dias
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Em entrevista para o Canal Gov, no contexto da COP 30, o ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome falou sobre o impacto do desmatamento e da crise climática, sobretudo para as populações mais vulneráveis

O ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, lembrou nesta terça-feira (11/11) que o enfrentamento das mudanças climáticas está ligado ao combate à pobreza. Em entrevista ao Canal Gov, o ministro  lembrou que a crise climática afeta de forma desproporcional as pessoas em situação de vulnerabilidade, impactando diretamente a segurança alimentar, a renda e os meios de vida.

Wellington Dias falou sobre a Declaração de Belém sobre Fome, Pobreza e Ação Climática Centrada nas Pessoas, adotada na última sexta-feira (7), durante o último dia da Cúpula de Líderes da COP 30. “A Declaração dos líderes, e eu tive o privilégio de participar ao lado do presidente Lula, conseguiu fazer passos importantes para a humanidade. Eu vou destacar dois deles, o primeiro é garantir que a integração, a prioridade dos países, a integração do social, o ambiental e, em alguns casos, o econômico”, destacou o ministro.

O ser humano no centro das atenções, das prioridades do país, principalmente os mais pobres, porque são os mais atingidos quando tem uma seca, uma enchente, um tornado, um incêndio, ou seja, em razão de alguma mudança, de algum efeito da mudança climática”, completou.

O outro ponto abordado por Wellington Dias foi a adoção do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), um mecanismo financeiro inédito para fazer pagamentos a países tropicais que preservam suas florestas. 


Assista aqui à entrevista. Ou leia a seguir.

Olá, Canal Gov acompanhando toda a programação da COP 30, para você que nos acompanha agora conversando com o ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome. Ele vai falar um pouquinho sobre o resultado da Cúpula do Clima, que os 47 países e a União Europeia aprovaram, então, a Declaração de Belém, mostrando que os países devem agir em conjunto para combater as mudanças climáticas e atender as pessoas que mais precisam, as pessoas mais pobres.

Olha, primeiro um prazer muito grande, parabéns pelo trabalho do Canal GOV aqui dando cobertura na COP. A Declaração dos líderes, e eu tive o privilégio de participar lá do presidente Lula, conseguiu fazer passos importantes para a humanidade. Eu vou destacar dois deles, o primeiro é garantir que a integração, a prioridade dos países, a integração do social, o ambiental e, em alguns casos, o econômico. O ser humano no centro das atenções, das prioridades do país, principalmente os mais pobres, porque são os mais atingidos quando tem uma seca, uma enchente, um tornado, um incêndio, ou seja, em razão de alguma mudança, de algum efeito da mudança climática.

E também a outra que é a criação do Fundo para Pagamento por Floresta em Pé, o TFFF, na verdade tem essa sigla esquisita, mas na prática é isso, como é que o mundo paga para manter floresta em pé. E aqui de novo, o pagamento de serviço ambiental aos pequenos também, aos médios, aos grandes, mas aos pequenos. E eu destaco, finalmente, de garantir as condições de qualidade de vida para estas pessoas.

É superando a pobreza que melhor enfrentamos as necessidades para conter as mudanças climáticas.


Acesse a página oficial da COP 30 • E aqui a lista de notícias da COP 30 na Agência Gov


Ministro, qual é a resposta, então, que o Ministério do Desenvolvimento Social dá quando acontece um evento climático extremo?

Aprovada a declaração, agora a grande pergunta feita, inclusive, na abertura da COPPE pelo presidente Lula é trabalhar, fazer acontecer, concretizar. Agora não tem tempo a perder, ou seja, nós não podemos deixar a temperatura subir um grau e meio.

Da parte do Ministério do Desenvolvimento Social, integrado o Ministério do Meio Ambiente, a Ministra Marina, o Ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e vários parceiros, os estados, municípios e as comunidades, estamos trabalhando um conceito que foi aprovado na COP, que é a chamada floresta produtiva. Ou seja, de um lado, pagar para não ter desmatamento, ou seja, mas eu preciso plantar minha agricultura, você quer uma renda. Então, e que tal a gente pagar para que você mantenha a floresta em pé? Do outro lado, e aquela área que foi degradada, foi incendiada, muitas vezes foi derrubada de forma criminosa.

Ali, além das ações de combate ao crime, ao desmatamento, a ação da floresta produtiva. O que é isso? Recuperar aquela área degradada, recuperando o solo, ali, através do MDS, a gente cadastra os nativos, a população mais vulnerável, ela é qualificada para colher semente, para produzir mudas em canteiros de muda, viveiros, plantar e ali depois fazer com que aquela planta seja bem cuidada até virar floresta. Agora, o conceito altera porque a gente, e que tal trabalhar uma planta que produz alimento, que é base para cosméticos, que é base para fármaco.

Ali, por exemplo, aqui no Pará, nós já temos exemplos, a plantação do açaí junto com a castanheira, com o cacau, com o cupuaçu, o peterebá, que é o cajá, lá na minha região, a plantação do próprio café, ou seja, e ali você tem uma floresta, uma floresta que além de tudo que uma floresta oferece, de contenção do solo, da água, emissão de oxigênio, captação de carbono, também é uma floresta que dá dinheiro.

É a floresta produtiva.

A floresta produtiva. Então, esse caminho, eu creio que ele tem um destaque porque já foram arrecadados pelos países 6 bilhões e meio de dólares para conter a derrubada das florestas, mas agora também é possível utilizar neste caminho. E eu acho que o setor privado vem. Há experiências em que o investimento virou lucro, você protege o ambiental e ainda gera lucro.

E com a captação decreto carbono, você paga para os mais vulneráveis, para os nativos que são parte daquele projeto, paga uma parte, até um terço do valor da captação decreto carbono. Tira pessoas da pobreza e isso é fundamental.

Então as pessoas aprendem a tirar da terra tanto para a subsistência quanto também para gerar renda.

Ali, como é o caso aqui do Pará, do Amazonas, dessa região, tem ali o seu açaí na refeição, mas poder ou trabalhar ou poder ali comprar o peixe, comprar outros alimentos, garantir uma condição de uma vida, quem sabe de classe média, organizada em cooperativa, integrando com empresas. Eu fui visitar um desses modelos em que, por exemplo, a Coca-Cola compra o Guaraná, castanhas do Brasil compra ali a castanha. Você tem empresas que compram o açaí para alimento, para cosmético, para fármaco.

Tem ali a andiroba e outras plantas que são base também para fármaco, para cosmético. Ou seja, eu digo que é uma riqueza que vale tanto para a floresta tropical como a Amazônia, mas também lá no Nordeste, vale também na Caatinga. Lá no Nordeste, no meu Piauí, eu fui visitar lá uma produção dessa recuperação de uma área que estava degradada com caju, com a manga, com a ata, com a cajá, com a pitaia, outras plantas que são adaptadas para aquela região.

Agora, essa temática não é da Amazônia. Apesar de estarmos na Amazônia discutindo esse assunto, a adaptação deve acontecer em qualquer tipo de bioma, é uma discussão mundial.

Olha, eu gostei da COP 30, a COP em Belém, primeiro no coração da Amazônia, a maior de todas as COP. É provável que a gente chegue aqui a 60 mil pessoas em delegações e cerca de 200 mil pessoas que transitaram, que participaram de alguma atividade aqui em Belém do Pará. E veja, bem organizado, ao contrário do que se dizia, o povo paraense recebendo com muita alegria, com uma gastronomia, uma cultura, aqui com os indígenas, ou seja, eu acho que foi acertada a posição do presidente Lula, presidente do Brasil, nesse aspecto e o mundo, eu acho que ao vir aqui, o que os olhos não vê, o coração não sente. Eu acho que sente mais o tamanho da responsabilidade, que não é só de governo, é uma responsabilidade de todos nós.

Vamos ter que mudar nosso próprio hábito do consumo se a gente quiser garantir um planeta saudável em condições de vida para nossos filhos, nossos netos, bisnetos, e é isso que é o compromisso da humanidade no resultado da declaração de Belém.

Agora, ministro, só para a gente já ir caminhando também para o nosso fim, aqui da nossa conversa, um evento climático extremo acabou acontecendo bem no período em que a gente discute aqui na COP 30 as mudanças climáticas, os eventos climáticos extremos. O que é que o Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome está levando de assistência para o Paraná?

Olha, nós estamos atendendo ao mesmo tempo a região Norte, aqui com pessoas que sofreram seca e perderam produção, pessoas que tiveram lá atrás enchente e ainda estamos lá dando apoio no Nordeste, na região Sudeste, ali São Paulo, Rio, Minas Gerais, ali na região de Montes Claros, Rio Grande do Sul, Paraná, região do Pantanal e agora esses tornados.

Você vê a ideia, eventos de 250 quilômetros por hora, classificado entre os dez mais fortes, maior velocidade do vento, mais forte tornado entre os dez maiores da história da humanidade. Para a gente ter uma noção, uma cidade como o Rio Bonito e outras, casa destruída, ruas, empresas, enfim. Desde o primeiro dia, o Ministério do Desenvolvimento Social lá, já teve lá também a ministra Gleisi, o ministro Waldez, as nossas equipes com a força suas, uma força de emergência com profissionais, psicólogos, as pessoas ficam abaladas, assistentes sociais, tem que atender essas pessoas que perderam entes queridos, que perderam sua casa, seu negócio, imagina a criança, amanhece o dia, cadê minha escola, cadê meus livros, cadê meus coleguinhas, ou seja, é algo que precisa de toda uma rede e a gente leva profissionais do Paraná, de outras regiões do país para essa força sua, esse atendimento.

Lá a minha equipe está trabalhando, segunda, terça, quarta, trabalhando os planos de trabalho, já autorizei em nome do presidente Lula a antecipação do Bolsa Família e do BPC para o primeiro dia calendário, agora o atendimento com abrigamento, com alimentação, integrado com municípios, com Estado, garantindo ali que a gente tenha todo o apoio para a saúde, para tudo que for necessário e a reconstrução, o cadastramento, perdeu a casa, perdeu a atividade econômica, eu tinha um salão de beleza, foi embora, eu tinha um pequeno comércio, foi embora e agora? As pessoas do campo que perderam a lavoura, agora cadê aquela plantação? Tem que ser apoiada, então, com o MDA, com o Mapa, a gente trabalhando. A ordem do presidente é não deixar faltar nada ao povo do Paraná, cuidado em Santa Catarina que também foi atingido e assim qualquer região do Brasil, como fizemos recentemente com o Rio Grande do Sul e outras regiões. Temos todo o apoio para a ajuda humanitária e para a reconstrução.

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